Por Jean Silva* - Jornal da USP - 1 de novembro de 2024 - Tucuruvi,…
Placas para proibir carroças estão no limite com Sarandi
Trânsito. Este é o primeiro passo para implementação da lei sancionada em outubro do ano passado. Segundo serão blize educativas
A Semob (Secretaria de Mobilidade Urbana) instalou placas de proibição de tráfego de veículos com tração animal em quatro ruas do Jardim Bertioga, no limite de Maringá com Sarandi. Este é o primeiro passo para impedir a circulação de carroças na área urbana.
O Jardim Bertioga, que é cortado pela avenida Prefeito Sincler Sambatti (Contorno Sul), é a primeira área a receber as placas de advertência porque técnicos da Semob acredita que a maioria dos carroceiros que trabalham em Maringá é oriunda de Sarandi.
A lei, que foi aprovada pela Câmara em setembro do ano passado sob protestos de carroceiros e sancionada pelo prefeito Ulisses Maia (PDT) em outubro, prevê apreensão do animal e encaminhamento ao CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), multa de R$ 1 mil ao dono e pagamento de R$ 100 pelo transporte e mais R$ 50 por dia de alojamento. Após 72h, o animal recolhido será colocado para adoção. A lei estabelece ainda que a Sasc (Secretaria de Assistência Social e Cidadania) deve cadastrar carroceiros para oferecer-lhes cursos profissionalizantes ou organizar cooperativa de coletores de materiais recicláveis.
Segundo o secretário de Mobilidade Urbana, Gilberto Purpur, a próxima ação será a realização de abordagem educativa por agentes de trânsito aos carroceiros, ainda sem previsão para início. “Mas não temos visto mais muitas carroças circulando por Maringá”, disse.
O secretário diz que a maior dificuldade para a implementação da lei vencidas as etapas iniciais será fazer o recolhimento do animal porque é preciso de transporte adequado – um trailer -, a presença de um especialista em animais de grande porte e caminhão para levar a carroça. “Acredito que esta lei é mais uma questão de maus-tratos a animais do que uma de trânsito”, afirmou.
De acordo com o vereador Flávio Mantovani (PPS), autor do projeto de lei, as medidas são de mobilidade urbana porque uma outra lei, também de sua autoria, impõe multa de R$ 2 mil para maus-tratos decorrentes da imprudência, imperícia ou até ato involuntário contra a saúde e necessidades físicas e mentais dos animais.
“A Sasc tem um orçamento anual de R$ 42 milhões e garantir o encaminhamento de algumas pessoas não será problema” FLÁVIO MANTOVANI, VEREADOR
Para o parlamentar, a fiscalização precisa ser iniciada na região central de Maringá depois da realização das blitze educativas e a prefeitura tem todas as condições para implementar a lei porque possui profissionais e veículos para transportar animais e as carroças e também para encaminhar carroceiros a cursos profissionalizantes. “A Sasc tem um orçamento anual de R$ 42 milhões e garantir o encaminhamento de algumas pessoas não será problema para a secretaria”, afirmou.
“Mas não temos visto mais muitas carroças circulando por Maringá” GILBERTO PURPUR, SECRETÁRIO DE MOBILIDADE URBANA
Antes da aprovação da lei, uma outra limitava a circulação de carroças das 10h às 18h30, de segunda a sexta-feira, e das 7h30 às 13h aos sábados na região central da cidade. Mas nunca houve fiscalização por parte do órgão de trânsito. Um decreto proíbe a criação de cavalos, burros e mulas na área urbana.
Fonte – Eduardo Xavier, Metro Maringá de 24 de abril de 2018
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