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Plantas invasoras estão por um fio
JC Fragoso
Plantas invasoras com dias contados
Previsto para fevereiro de 2018, projeto de preservação da mata nativa vai retirar cipós-mata-pau de unidades de conservação de Maringá, como Parque do Ingá e Bosque 2. A espécie exótica “estrangula” e mata árvores como cedro, guaritá, pau-d’alho e ipê. Funcionários do parque serão treinados para realizar a retirada das plantas invasoras.
EXÓTICOS. Cipós serão erradicados do Bosque 2 e do Parque do Ingá. — JC Fragoso
Projeto da Secretaria de Meio Ambiente (Sema) vai retirar cipós-mata-pau de unidades de conservação de Maringá, como Parque do Ingá e Bosque 2, para preservar a mata nativa. A espécie exótica – que não faz parte da flora original local – está ‘estrangulando’ e matando árvores como cedro, guaritá, pau-d’alho e ipê.
O início do projeto, autorizado em outubro pelo setor de análise ambiental da Sema, está previsto para fevereiro de 2018. O plano de manejo estipulado no documento, que será contínuo, determina o corte dos cipós e da herbácea zebrina e a remoção do enraizamento das plantas.
Segundo o analista ambiental da Sema, Rogério Lima, o tamanho do estrago já causado pelas plantas invasoras só poderá ser calculado com exatidão depois da retirada e limpeza. Ele afirma que esse trabalho deixará evidentes clareiras já formadas pela morte de árvores nativas, mas que estão escondidas pelas espécies exóticas.
Nos locais afetados será feito o replantio de espécies nativas. “No caso do cipó, a proliferação é rápida e a ação é agressiva, deturpando o equilíbrio natural. Há diversas áreas prejudicadas. Já foi feito um trabalho no passado, senão os parques estariam tomados”, diz Lima.
Com previsão de ser ampliado para outras áreas da cidade, o projeto tem a parceria do Núcleo de Pesquisas em Limnologia, Ictiologia e Aquicultura (Nupelia) e departamento de Biologia da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Eles ficarão responsáveis por treinar os funcionários dos parques que vão executar as retiradas. “A espécie invasora que vai ser manejada é a trepadeira, mas existem trepadeiras nativas também. Depois do período de férias na universidade, vamos começar o trabalho de ensinar a identificação correta das invasoras”, diz a professora e bióloga Kazue Kawakita Kita.
Antes da execução do manejo, haverá ações de conscientização sobre a necessidade de extinção de plantas exóticas, que desequilibram a vegetação original local, com divulgação de vídeos, banners, faixas e exposições itinerantes na prefeitura, academia da terceira idade (ATI) do Bosque 2 e portão principal do Parque do Ingá. “Como vão ser manejados, os ramos vão secar, e as pessoas podem estranhar. Por isso, vamos colaborar com o trabalho da educação ambiental”, frisa Kazue.
Fonte – Fernanda Bertola, O Diário do Norte do Paraná de 16 de dezembro de 2017
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