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Plastisfera: um novo ecossistema populado por micróbios que comem plástico
Por Redação GreenMe – 1 de junho de 2017
Em nenhum outro lugar, o plástico tornou-se um problema tão grave quanto nos oceanos.
É ali que se acumula a maior parte dos resíduos, uma tragédia para os organismos que habitam as águas e todo o ecossistema marinho.
Mas alguns organismos teriam evoluído a ponto de criarem um novo ecossistema.
Resíduo plástico nos oceanos: um problema bem evidente
O problema já é bastante conhecido embora pouco ainda se faça para combatê-lo.
O acumúlo de plástico nos oceanos, quando segmentado em microplástico acaba indo parar na cadeia alimentar da fauna marinha, e na nossa, por conseguinte.
Existe uma área do Pacífico conhecida como “Great Pacific Garbage Patch“, em que esta acumulação contínua é agora nada mais nada menos do que alarmante.
O filme tem uma bela fotografia ainda que seja repleto de imagens terríveis sobre os terríveis efeitos da poluição, especialmente sobre a vida marinha. Imagens de arquivo, como os cinejornais, e publicidade se alternam com entrevistas, conferências da indústria do plástico, discussões com cientistas e desconcertantes testemunhas do mundo da indústria plástica. Plastic Paradise levanta questões cruciais que podem empurrar-nos para uma ação coletiva que pode (e deve) ser tomada para conter os danos ambientais e de saúde criado por este produto sintético que “nunca vai embora“. Porque, como o documentário explica, “cada pedaço de plástico que foi criado a partir do século XIX até hoje ainda está presente em algum lugar do nosso planeta. Então, se ele nunca vai embora, para onde vai?”. A resposta está na história contada por Angela.
O plástico altera a evolução da vida
Um novo aspecto em que estão se concentrando os cientistas atualmente, está relacionado com o impacto que o resíduo plástico vem ocasionando sobre a evolução da vida marinha.
Segundo os estudiosos, deste “lixo”, estão surgindo novas formas de vida, micróbios que conseguem comer o plástico em si, porque se adaptaram, ou porque mudaram seus hábitos alimentares.
Isso – como explica Ricard Sole da Universidade Pompeu Fabra em Barcelona, explicaria porquê, em relação ao crescimento exponencial da produção mundial de plásticos, onde existem acumulações mais maciças de plástico, encontra-se menos resíduos do que o esperado.
O fato seria explicado porque ali, estariam em ação tais seres evoluídos.
O mistério do plástico desaparecido
Os dados e as diversas pesquisas nas áreas aquáticas particularmente em risco, demonstraram de fato que encontrou-se de um décimo a um centésimo de todo o plástico que se esperaria encontrar nessas áreas.
E a quantidade de plástico que flutua e desfigura os oceanos parece não estar crescendo.
Fala-se da tendência de rápido aumento de uma população de micróbios, que evoluíram a fim de biodegradarem o plástico.
Uma outra possível explicação
Alguns cientistas concordam com este estudo, mas acreditam que os micróbios são apenas uma das possíveis razões para o “desaparecimento” do plástico.
O fato é que os plásticos nos oceanos estão se deteriorando mais rapidamente do que se poderia pensar – apesar deste fato parecer positivo, ainda que não seja clara a sua razão – há de se considerar que o motivo poderia ser uma divisão tão mini, nano, do material plástico, que poderia causar consequências ainda piores à vida marinha.
Um ulterior estudo de Linda Amaral-Zettler do Netherlands Institute for Sea Research mostrou que os micróbios que colonizam o plástico flutuador dos oceanos são diferentes daqueles que podem commumente ser encontrados nas águas circundantes.
Isso poderia levar à possibilidade de haver um novo ecossistema, o qual os cientistas vêm chamando como “the plastisphere“, a plastisfera.
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