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Portugal – sacos pagos diminem o seu uso

ro_hudson

Diário de Notícias de 20 de setembro de 2009

Hélder Spínola, vice-presidente da associação ambientalista Quercus.

Na Espanha, a cadeia de supermercados Carrefour deixou de oferecer sacos de plástico, algo que já tinha acontecido em Portugal. Estas medidas têm sido eficazes?

Até agora as medidas ainda não foram as mais correctas mas, por exemplo, a venda de sacos do Pingo Doce está a resultar. Fizemos um estudo na Madeira, comparando o Pingo Doce, Sá e Modelo e o facto de darem ou venderem sacos causa diferenças abissais.

Que diferenças?

Concluímos que quando o saco é pago aumenta para cerca de 50% a taxa de reutilização e contribui para a optimização do seu uso. Por outro lado, as pessoas enchem-nos quando se cobra um valor por eles. Assim, reduz-se em 20% o número de sacos usados. No final de contas, a rentabilização dos sacos chega aos 70%. A taxa de cinco cêntimos que se queria aplicar nos sacos teria sido uma boa ideia para diminuir os gastos, mas não foi aprovada.

Os produtos ecológicos são uma preocupação destas cadeias?

Alguns já começam a disponibilizar produtos que são alternativas mais ambientais, como os detergentes ou o papel higiénico reciclado. As frutas e verduras biológicas ainda têm uma presença pontual. Deviam ter maior cuidado em disponibilizar alternativas amigas do ambiente.

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