Por Ana Flávia Pilar - O Globo - 11 de novembro de 2024 - Com modelo…
Presidente da Plastivida desafiou o poder público a mostrar quem usa essa tecnologia e provar sua eficiência
Na notícia abaixo o presidente da Plastivida desafia o poder público a provar sobre os plásticos oxi-biodegradáveis.
Desculpe, mas nunca vi uma coisa destas.
É uma total inversão de valores e deveres.
Talvez se sintam capazes de desafiar o Estado, pois se sentem amparados pelo poder econômico de grandes empresas petroquímicas.
Parecem ter o poder de “sequestrar” do Estado suas atribuições de definir leis e representar a sociedade.
Os homens das sombras não tem respeito por ninguém, mandam no Brasil e acham que no Paraná irão destruir nossa vocação para salvar o planeta.
Sobre as provas, todos os interessados do governo e do ministério público tem os laudos de biodegradabilidade, ecotoxicidade, segurança no contato com alimentos.
As petroquímicas não, não apresentaram nenhum laudo contraditório à biodegradabilidade mas abriram, como sempre, suas bocarras – sem um laudo – para tentar destruir o projeto, tentar destruir o planeta.
Se eles falam que não funciona, que eles provem, não que queiram que o governo prove.
Dizem que o plástico oxi-biodegradável não se biodegrada, só se degrada, mas vamos lá, qual o problema do plástico convencional? Porque ele demora até 500 anos para se biodegradar? O tamanho de sua cadeia molecular extremamente longa que faz com que os microorganismos demorem para biodegradar o plástico.
Quando essa cadeia – no plástico oxi-biodegradável – é quebrada, os microorganismos irão biodegradar este plástico porque a cadeia foi quebrada.
Lembra da melancia? Tente comer uma inteira, não dá. Corte em fatias e você consegue comer inteira.
Com o plástico ocorre a mesma coisa, cadeia molecular grande, 500 anos para se biodegradar, quebre e em 18 meses se biodegrada.
Básico, lógico, menos para as petroquímicas e sua ganância pelo lucro desenfreado.
As petroquímicas dizem – duvido – que podem dar dinheiro para incinerar este plástico, mas eles vão dar dinheiro para tirar o plástico que voa para dentro dos rios, do estômago de animais, aves e peixes, vão dar dinheiro para retirar o lixo das matas, de cima das árvores e de outros lugares inacessíveis.
Chega seus cretinos, vocês tem que apanhar de vara de marmelo para tomar vergonha na cara.
Parem de ser hipócritas, nós sabemos que na hora vocês falam que vão dar dinheiro, em todas as reuniões, mas me digam, quanto vocês estão investindo agora na reciclagem, em educação ambiental?
Quanto investiram até hoje?
Ameaçaram um pesquisador que fez laudos favoráveis ao plástico oxi-biodegradável a ponto dele não comparecer à audiência e mandaram uma pesquisadora da mesma universidade falar exatamente o contrário do laudo do primeiro, sem apresentar provas.
Não sei quem é pior, quem corrompe ou quem é corrompido.
Onde está a honra de vocês?
Vocês não tem descendentes, não tem medo do lixo que estão deixando de herança para eles?
Vocês não percebem que o mundo não acabará quando vocês morrerem, que vocês tem sim, responsabilidade pelo desastre ecológico que todo dia produzem?
Ninguém na FUNVERDE é abraçador de árvores, acreditamos no capitalismo, mas um capitalismo verde, com responsabilidade pelo planeta para que as próximas gerações tenham um planeta para habitar.
Lembrem-se, senhores gananciosos, de que vocês estão aqui num planeta emprestado das próximas gerações, daqueles que ainda não nasceram.
Por favor, deixem a casa limpa para os próximos inquilinos.
De novo, tudo isso porque vão perder 1% do seu lucro multibilionário se a lei entrar em vigor.
ELES QUEREM DESTRUIR O PLANETA POR CAUSA DE 1% DO SEU LUCRO.
Do Valor Econômico de 18 de julho de 2007
Paraná discute o uso da nova sacolinha
Quem fez compras ontem e levou seus produtos pra casa numa sacolinha de plástico não pode nem imaginar a complexidade das discussões que aconteceram entre políticos e representantes da indústria sobre os impactos da embalagem no meio ambiente. O debate ocorreu na Assembléia Legislativa do Paraná, onde tramitam três projetos de lei que tratam da substituição dessas sacolas por outras batizadas de ecológicas.
Também chamadas de oxibiodegradáveis, as novas sacolas levam na composição um aditivo que permite desintegração mais rápida. Na mesa, deputados defenderam a idéia. Na platéia, enviados de gigantes como Basf, Dow, Braskem, Odebrecht, Petroquímica Triunfo e outras empresas, além de representantes de universidades de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, combateram a medida.
Depois de quase quatro horas de discussão, nada ficou decidido. Novos confrontos são esperados tanto no Paraná como em São Paulo, onde o deputado Sebastião Almeida (PT) espera aprovação de lei de sua autoria, que exige o uso da nova embalagem pelo varejo, por parte do governador José Serra.
Minutos antes do início da reunião, materiais foram distribuídos e entrevistas foram concedidas. O presidente da Plastivida, instituto mantido pela indústria, Francisco de Assis Esmeraldo, disse que do ponto de vista ambiental os projetos não são bons porque essas sacolas são desintegradas, mas não desaparecem. Ele desafiou o poder público a mostrar quem usa essa tecnologia e provar sua eficiência.
Tanto para o deputado paulista como para os paranaenses Rosane Ferreira (PV), Caíto Quintana (PMDB) e Reinhold Stephanes Júnior (PMDB), é preciso fazer algo. Como as sacolas comuns demoram mais de 100 anos para se decompor e as oxibiodegradáveis seriam decompostas em poucos meses, elas seriam uma boa solução. Quintana acredita que seu projeto deve ser votado em agosto.
Antonio Morschbacker, responsável pela área de biodegradáveis da Braskem, questionou os tipos de polímeros usados nas sacolas oxibiodegradáveis, que não estariam regulamentados. O secretário do Meio Ambiente do Paraná, Rasca Rodrigues, rebateu que o correto seria fazer um “enfrentamento ao plástico”.
Representantes de universidades afirmaram que o aditivo usado para a oxibiodegradação contém metais pesados prejudiciais à saúde. Eduardo Van Roost, superintendente da Res Brasil, de Valinhos (SP), disse que importa esse aditivo da Inglaterra e prometeu iniciar a produção em 60 dias em um país da América do Sul para baratear custos. Ele se disse espantado com as declarações. “Todos os que falaram têm o dedo da petroquímica. Somos um grão de areia.”
Antes de sair da reunião, o secretário Rodrigues acusou a indústria de não ajudar a retirar plásticos do meio ambiente. No plenário, a estudante de Direito Elis Wendpap pediu explicações para o fato de os deputados da mesa usarem copos descartáveis em vez de vidro e papéis com impressão em apenas um dos lados.
Na saída, Morschbacker, da Braskem, disse que a indústria está pensando no longo prazo, por isso propõe a incineração de resíduos plásticos para geração de energia e não descarta a colocação de recursos em projetos nesse sentido.
Irretocável o seu texto. Como sempre, parabéns!!!
Gostaria de saber o preço para adquirir um lote de 500 sacolas brancas para impressão, seria possível cotar esse tipo de material?
Deixo meu e-mail para contato.
Um abraço,
Patrícia
[…] 26th, 2007 by Cristina Presidente da Plastivida desafiou o poder público a mostrar quem usa essa tecnologia e provar sua e… – […]
ola……….li a reportagem e me interessei pelas sacolas………sou produtor e distribuidor de hortaliças orgânicas e tenho muito interesse em mudar as embalagem de comercialização desse tipo de produto……….
caso tenha alguma sugestão que ja possa ser utilizada, será de grande valia pra mim………..
obrigado Felipe
oi li o texto e tambem concordo com o seu pensamento , na minha cidade aqui em joao pessoa PB ainda esta pior uma vereadora fez um requerimento que proibe a venda de sacolas plastica em joao pessoa isso aconteu no dia 29/04/08 e esta sendo analisado pela camara municipal de joao pessoa, ela quer que volte aser usada a sacola de papel ?????? qual o seu pensamento sobre este assunto, pois sou um fabricante de sacolas plastica reciclada e estou muito preocupado.
Boa Tarde!
Sou solidário as palavras do Presidente da Plastivida pela coragem e ousadia de transmitir tal mensagem, é impressionante as barreiras e interesses do poder público em obter vantagens sobre projetos de cunho ambiental, ou qualquer outro que seja.
Meus votos de sucesso nesta empreitada.
1Abraço!
Deschamps.