Por Elton Alisson - Agência FAPESP - 19 de abril de 2024 - Cerca de 90% da…
Produzidos e jamais consumidos: um guia visual sobre o desperdício de alimentos
Quando medido em toneladas de mercadorias, hectares de terras agrícolas ou despesas familiares, a escala do desperdício é assustadora
Quanta comida é desperdiçada no mundo a cada ano?
A cada ano, 1,3 bilhão de toneladas de alimentos, cerca de 1/3 da produção mundial, é desperdiçado, incluindo cerca de 45% de todas as frutas e legumes, 35% dos peixes e frutos do mar, 30% dos cereais, 20% dos produtos lácteos e 20% da carne.
O que isso significa para a agricultura?
Cerca de 1,4 bilhão de hectares, quase 30% das terras agrícolas disponíveis, é usado para plantar ou produzir alimentos que posteriormente serão desperdiçados. Isto é particularmente alarmante pois estima-se que até 2050 a produção de alimentos precisará aumentar em 60% os níveis de 2005 para alimentar uma população mundial crescente. Reduzir o desperdício de alimentos aliviaria a carga sobre os recursos naturais enquanto o mundo tenta atender à demanda futura.
Onde, como e quando a maior parte dos alimentos é desperdiçada?
Nos países em desenvolvimento há um alto nível do que chamamos “perda de alimentos”, que é o desperdício não intencional, muitas vezes causado pela falta de equipamentos, transportes e infraestrutura adequados. Nos países ricos, há baixos níveis de perdas não intencionais, mas altos níveis de “desperdício de alimentos”, que se referem ao alimento jogado fora pelos consumidores porque compraram demais, ou pelos varejistas que rejeitam alimentos porque não se encaixam nas suas exigências quanto ao padrão estético.
E no Brasil?
O Brasil é considerado um dos dez países que mais desperdiçam alimentos em todo o mundo, com cerca de 30% da produção praticamente jogados fora na fase pós-colheita. A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) estuda a criação de uma rede de instituições em torno da cadeia produtiva de alimentos no Brasil para conter as perdas e o desperdício. Segundo a Embrapa, ele está presente em toda a cadeia, sendo: 10% no campo, 50% no manuseio e transporte, 30% na comercialização e abastecimento, e 10% no varejo (supermercados) e consumidor final.
Fonte – ONU Verde
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