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Projeto de 24 vias para ciclistas
A bicicleta é um meio de locomoção alternativo frequente no perímetro urbano. Com 1,4 quilômetro, a modesta malha cicloviária de Maringá está abaixo da necessidade do ciclista. Mas existe uma pesquisa que sugere a criação de uma rede interligada de ciclovias que pode ser a solução de parte do problema.
O arquiteto e urbanista Thiago Botion Neri desenvolveu recentemente uma dissertação de mestrado em Engenharia Civil, na Universidade Estadual de Maringá (UEM), que foca a implantação de vias exclusivas para ciclistas.
Sob o título “Criação de uma Rede Cicloviária Integrada em Maringá”, a conclusão do trabalho apontou “alto potencial de levar a ciclovia para diferentes pontos em virtude da topografia favorável do município”.
Neri relata que para Maringá, o ideal seria um projeto em médio prazo que levaria 5 anos para ser implantado. Seriam 2 anos de planejamento e outros 3 anos de execução. Ele elege 24 vias, que juntas possuem 95 km de extensão, que podem receber a ciclovia ligando o Centro com as quatro regiões.
O trabalho ultrapassou os muros da academia e foi utilizado em debates com a Secretaria Municipal dos Transportes (Setran), representantes da Câmara e do grupo Pedala Maringá. O avanço foi incluir no Plano Diretor um novo projeto de ciclovia para a cidade nos moldes propostos por Neri.
Setran
Para Vera Maria de Oliveira, gerente de Engenharia e Tráfego da Setran, o desafio é comportar diferentes meios de transporte no mesmo espaço. “Carros, motos, ônibus e ciclistas. Todo mundo quer as melhores vias. É difícil definir os melhores locais”, argumenta. “Onde tem tráfego pesado não é legal pedalar. O risco de acidentes é maior”, exemplifica.
A engenheira da Setran comenta que pretende utilizar a pesquisa de Neri para aprimorar a malha cicloviária maringaense. Hoje, 1,4 km estão distribuídos pelas avenidas Pedro Taques, Mandacaru e Horácio Racanello.
Mas o percalço é encontrar uma empresa que construa a pista. No mês de abril, foi aberto um edital para licitar a obra da ciclovia e da sinalização da pista de caminhada na Avenida Gastão Vidigal.
O valor previsto é de R$ 815,7 mil. Houve uma empresa que venceu o certame, mas desistiu pois queria apenas fazer a sinalização da via.
Fonte – Renato Oliveira, O Diário do Norte do Paraná de 08 de julho de 2012
Quantos quilômetros foram construídos de ciclovias depois do estudo do Thiago?
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