Por Elton Alisson - Agência FAPESP - 19 de abril de 2024 - Cerca de 90% da…
Rápida mudança climática nas regiões polares exige resposta global, alerta a ONU
O derretimento de geleiras e a redução das áreas congeladas do mar e as regiões cobertas de neve nos polos provocam alterações climáticas em todo o planeta. Foto: ONU/Mark Garten
A Organização Mundial de Meteorologia (OMM) das Nações Unidas (ONU), lançou nesta segunda-feira (15) uma campanha para melhorar as previsões das condições do tempo, clima e gelo no Ártico e na Antártica. A iniciativa, que vai durar dois anos (de meados de 2017 a meados de 2019), envolve também o instituto alemão Alfred Wegener e outros parceiros mundiais. As informações são da ONU News.
A iniciativa objetiva minimizar os riscos ambientais e aumentar as oportunidades associadas à rápida mudança do clima nas regiões polares. Além disso, a OMM quer minimizar as lacunas nas capacidades de previsões nos polos.
Para a ONU, a mudança climática nos polos exige uma resposta global. Durante os próximos dois anos, uma grande rede de cientistas e centros de previsões vai realizar uma ação de observação intensiva e catalogar atividades no Ártico e na Antártica. A iniciativa espera obter melhores previsões do tempo e das condições das geleiras, de modo a reduzir riscos futuros e garantir a gestão segura das regiões polares.
Derretimento
O representante do Instituto Alfred Wegener, Thomas Jung, disse que “os efeitos do aquecimento global devido às emissões de gases do efeito estufa são sentidos com mais intensidade nas áreas polares do que em qualquer outro lugar”. Ele explicou que os polos estão aquecendo duas vezes mais rápido do que o resto do mundo, causando o derretimento de geleiras e reduzindo as áreas congeladas do mar e as regiões cobertas de neve.
O chefe da OMM, Petteri Taalas, afirmou que as massas de ar quente do Ártico e a redução das áreas de mar congeladas afetam a circulação nos oceanos e as correntes de ar. Ele disse ainda que as alterações nos polos estão provavelmente ligadas a fenômenos climáticos extremos como intensas frentes frias, ondas de calor e secas no Hemisfério Norte.
Fonte – EcoDebate de 16 de maio de 2017
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