Por Renata Fontanetto, dGCIe Baku (Azerbaijão) - Pesquisa FAPESP - Dezembro de 2024 - Foto:…
Rede de mercado em AL incentiva troca de sacolas por caixas de papelão
As sacolas plásticas podem durar até 400 anos na natureza se tornando um problema para o meio ambiente. A exemplo do acúmulo do lixo-plástico que abandonado em praias ameaçam vidas marinhas.
Segundo dados do Ministério do Meio Ambiente, cerca de 1,5 milhão de sacolinhas são distribuídas por hora no país. Assim, buscando diminuir o uso das sacolas plásticas para contribuir para a preservação do meio ambiente, redes atacadistas fazem campanhas para que o consumidor opte por outra forma de levar a compra.
Em Alagoas, uma rede de supermercado realiza há algum tempo a campanha “Recicle com o Coração – Colabore com uma vida sustentável!”, e, aos poucos, tem conseguido mudar o hábito do consumidor.
Nas lojas em Maceió e no interior, cartazes e banners que anunciam a proposta e incentivam os clientes a mudarem seu hábito. Para incentivar essa troca, quem optar pela caixa de papelão pode participar do sorteio quinzenal de R$ 100 em compras. Para facilitar e incentivar ainda mais a escolha dos clientes, caixas de papelão são colocadas ao lado dos caixas e também empilhadas em espaço reservado.
O diretor de marketing do grupo, Lúcio Freire, explicou que a campanha começou a cerca de quatro anos de forma interna e depois foi disponibilizada para o público.
“Primeiro fizemos um trabalho de conscientização com os colaboradores para que entendessem a importância de substituir a sacola plástica pela caixa de papelão”, fala.
Freire disse que a empresa sempre pensou em fazer algo que contribuísse com a questão ambiental e, como as caixas já chegam com produtos para serem vendidos, essa foi a opção escolhida.
“O ideal era uma lei estadual para acabar com as sacolas nos supermercados. Como ela não existe aqui em Alagoas, tivemos a ideia de tentar mudar os hábitos das pessoas pela conscientização”, relata.
Apesar de dizer que a campanha não foi motivada pela redução dos custos, isso acabou acontecendo. “Antes, gastávamos 1,5 a 2% dos custos na compra de sacolas plásticas. Atualmente, esse número reduziu para 0,8%. Mas isso não foi nossa motivação. Até porque quando o gasto era maior com a sacola quem pagava era o cliente”, explicou.
O gerente de uma loja da rede, Alexandre Bueno conta que a adesão a campanha foi gradativa. “No começo, as pessoas tinham receio de levar as compras em caixas. Acho que pelo costume mesmo. Aos poucos, os clientes foram conhecendo a proposta e optando pela troca. Para isso, a premiação do sorteio também serviu de atrativo”, disse.
Em todas as lojas da rede, apesar das caixas estarem próximas do local onde são embaladas as compras, as sacolinhas ainda são ofertadas. O funcionário do caixa ou o embalador até orientam as pessoas a mudarem o hábito, mas isso não é exigido.
“Nós falamos sobre a promoção, mas quem diz como o produto será embalado é o cliente. em nenhum momento ele é constrangido ou forçado”, relatou o operador de caixa Wilson José da Silva.
Adesão
Quando a reportagem do Site estava no supermercado, um cliente optou por colocar parte das compras em caixas, mas não deixou de usar sacolas plásticas no restante. “Como vim de moto, fica mais difícil de levar tudo em caixa. também não tenho esse costume. Quem sabe aos poucos mudo o pensamento?”, diz o funcionário público Sílvio Santos Brandão.
O jornalista Maikel Marques aderiu a mudança na forma de levar as compras depois que viu um aviso em uma das lojas da rede alagoana.
Ele conta que quando o assistente de caixa se preparava para embalar os gêneros alimentícios que tínhamos adquirido viu a mensagem “Use caixa de papelão! O meio ambiente agradece!” afixada num cartaz na loja.
“Devolvi duas sacolas e solicitei que as compras fossem acondicionadas em caixas de papelão. Ao invés de sair com quatro ou seis sacolas, passei a me preocupar com apenas duas caixas de porte médio”, relatou, ao dizer que o transporte do alimento em caixas foi mais fácil.
A rede de supermercados é alagoana e possui 18 lojas distribuídas entre Maceió, Barra, de São Miguel, Arapiraca e Palmeira dos Índios e Caruaru, em Pernambuco.
Fonte – Jornal Floripa de 13 de março de 2016
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