Os autores do estudo quiseram saber se a remoção do arbusto invasor Lonicera maackii (madressilva de Maack), que crescia junto de um ribeiro numa floresta de Ohio, influenciaria a diversidade dos insetos, caracóis, vermes e outros macroinvertebrados aquáticos que viviam no curso de água. Para tal, removeram 160 metros da madressilva, uma operação que melhorou a disponibilidade de luz ao longo do ribeiro, assim como a qualidade da matéria orgânica.
Posteriormente, os cientistas recolheram amostras do ribeiro todos os meses, durante mais de três anos. Descobriram que a remoção da madressilva de Maack teve um impacto positivo considerável na densidade, riqueza e diversidade dos macroinvertebrados no ribeiro. Estes animais invertebrados habitam principalmente sistemas de água doce e são indicadores da qualidade da água, para além de serem fundamentais para toda a cadeia trófica dos ecossistemas fluviais.
“Fica claro que remover as plantas invasoras pode ter um impacto ascendente nos ecossistemas aquáticos adjacentes, mesmo quando se restaura apenas uma pequena secção do ribeiro”, disse Rachel McNeish, autora do estudo publicado na revista Invasive Plant Science and Management. “Os gestores do espaço rural têm agora um importante novo impulso para a gestão das espécies invasoras.”
No princípio deste ano, um estudo da Universidade de Vigo, em Espanha, revelou que as plantações de eucaliptos – uma espécie exótica – reduzem a diversidade de macroinvertebrados em pequenos ribeiros florestais, deixando-os ainda mais propensos a secarem completamente no Verão.
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