Entrevista concedida pela FUNVERDE para a revista HM! sobre as malditas sacolas plásticas de uso…
Rio de Janeiro ganha lei que bane sacolas plásticas
Sacolas descartáveis voltaram ao centro das discussões. No Rio entra em vigor em julho lei que restringe seu uso e estabelece que redes de supermercados ofereçam descontos e alternativas aos consumidores, que ainda resistem à mudança.
O Rio é o primeiro Estado do País a ter uma lei para controlar o consumo excessivo de sacolas plásticas. Em 15 de julho, entra em vigor a Lei nº 5.502, que regulamenta o uso das sacolas nos supermercados dos 92 municípios cariocas. Ainda não é o banimento total, como fizeram outros países, onde cada consumidor leva sua própria embalagem para carregar produtos e alimentos.
Para reforçar a luta pela redução no consumo de sacolas, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, distribuiu ontem três mil sacos retornáveis a quem passava pela Praia de Ipanema. “O meio ambiente não aguenta. Ano passado conseguimos reduzir 600 milhões de sacolas plásticas. A meta pra esse ano é de 1,5 bilhão”, afirmou o ministro.
Olha o minc aí fazendo propaganda política para se eleger sabemos lá o que ele quer ser. Não quis banir as sacolas plásticas de uso único enquanto era ministro e no último minuto da última hora do último dia de ministro vem fazer obaoba para aparecer na mídia.
Queremos dados concretos e provas de que diminuíram 600 milhões de sacolas, o que é um nada visto que o consumo delas passa de 20 bilhões anualmente. E não nos venha ele dizer em 1,5 bilhão, pois mesmo assim não seria nada, se ele se referir ao programa da máfia do plástico que aumentou em 30% a espessura da sacola, então mesmo que diminuíssem 30% do consumo de sacolas anualmente, a soma ainda seria zero, pois as sacolas estão com 30% mais plástico em sua composição.
Minc, uma vaia para sua atuação como ministro do meio ambiente e a sua incompetência em resolver a gravíssima questão das sacolas que representam 10% de todo o lixo gerado diariamente no país.
No Rio, os supermercados serão obrigados a oferecer alternativas, como caixas de papelão, além de dar desconto de três centavos a cada cinco produtos que o consumidor comprar sem usar a embalagem do local. Segundo a secretária estadual do Ambiente, Marilene Ramos, até 2012 todos os estabelecimentos deverão estar adaptados.
Cada sacola, feita a partir do petróleo ou do gás natural, demora cerca de quatro séculos para se dissolver na natureza. E, no Brasil, o consumo é alto: são 12 bilhões de sacolas por ano. Um milhão e meio a cada hora. Pelo menos 20% delas, segundo cálculo do Ministério do Meio Ambiente, acabam descartadas e ajudam a entupir bueiros, poluir rios e infestar o fundo do mar.
Cada sacola que demora 1 segundo para ser fabricada, é utilizada por meia hora, demora 500 anos para sumir da face da terra.
O consumo das sacolas no país ultrapassa 20 bilhões por ano.
Menos de 1% das sacolas é encaminhada para reciclagem.
Menos de 15% dos municípios tem aterro sanitário, o resto é lixão a céu abrerto.
Arroz e feijão. A lei determina também que o supermercado é obrigado a dar um quilo de feijão ou arroz ao consumidor que devolver 50 sacolas. Elas terão de ser encaminhadas para reciclagem. “O estímulo econômico é capaz de mudar hábitos”, define Marilene.
Resta saber se o consumidor vai aderir à lei.
Caramba dona Marinele, confie na lei e se não der para confiar, encha de fiscais com enormes multas, daí a senhora vai ver como essa lei será cumprida.
Hoje, cerca de 80% das sacolas são usadas para colocar o lixo doméstico – e, sem as sacolas, muitas pessoas não sabem o que fazer com os resíduos domésticos. “Para o lixo úmido não há nada melhor do que o plástico, mas é preciso usar com mais critério”, defende Fernanda Daltro, coordenadora da campanha Saco é um Saco, do Ministério do Meio Ambiente.
Quem disse que 80% delas são usadas para acondicionar o lixo doméstico? De onde a moçoila tirou esse número? Será que foi com a plastimorte? Se fosse assim, não existiriam estas sacolas aos bilhões poluindo o país. Uma casa utiliza no máximo uma sacola dessas por dia para acondionar o lixo e como o ano ainda tem 365 dias, sobra sacola para dar, vender, poluir, e matar a vida no planeta. Tinha que ser uma pérola saída da boca de alguém do MMA. Incompeteeentes …
Vamos dar uma aula para a fernandinha. Fernandinha, é o seguinte, o lixo orgânico tem que ser acondicionado em saco de lixo feito de material reciclado, para fomentar a reciclagem, para aumentar o valor do plástico reciclável e aumentar a taxa de coleta, viu filhinha? E quanto ao lixo reciclável, este deve ser acondicionado em embalagens retornáveis, isto é, você coloca o lixo e o coletor devolve sua caixa, seu saco de juta ou plástico, seu balde, seu tambor … para ser utilizado indefinidamente. Aulinha básica de disposição de lixo para você fernandinha.
Algumas redes já se anteciparam à lei. O Carrefour planeja banir até 2014 as sacolas plásticas nas suas lojas no Brasil. “Fizemos isso na Espanha, França, Bélgica, Polônia, Itália e China. Os brasileiros já têm maturidade para ter uma nova forma de se relacionar com a sacola plástica”, defende Paulo Pianez, diretor do grupo.
O carrefour distribui mensalmente 150 milhões de sacolas. Até 2014 o carrefour terá distribuido e deixado de herança para os moradores que nascerão há 500 anos aproximadamente 9 bilhões de sacolas. Quem quer acabar com as sacolas acaba em 6 meses e não fica planejando acabar em meia década.
O Walmart também já aderiu à campanha. Há um ano, a rede dá desconto a quem dispensa a sacola plástica nas 300 lojas nas regiões Nordeste, Sul e Centro-Oeste do País. Segundo cálculos da rede americana, o programa tirou de circulação 16,6 milhões de sacolas no período. Nas filiais cariocas, o projeto entra em vigor em 60 dias.
O walmart distribui mensalmente 150 milhões de sacolas. O walmart distribui anualmente 1 bilhão e 800 milhões de sacolas. O programa tem um ano. Então eles diminuiram a distribuição das sacolas em menos de 1% em um ano. Preste atenção nas contas. Os números soltos parecem grandes, significativos, mas quando se faz as contas, vemos que eles não estão fazendo nadinha para diminuir a distribuição das sacolas.
O grupo Pão de Açúcar ainda estuda mudanças para cumprir a lei. “Temos grande interesse nesta questão. Fomos a primeira empresa do varejo a adotar medidas para reduzir embalagens”, diz Paulo Pompilio, diretor de relações institucionais do grupo.
O pão de açúcar também distribui mensalmente 150 milhões de sacolas. Leia o discurso vazio acima, não estão fazendo absolutamente nada, estão fazendo ainda menos que seus concorrentes do carrefour e walmart.
Ícone
Agora só falta o consumidor se acostumar. “A sacola é o ícone do desperdício. Leis como esta tiram a gente da zona de conforto”, defende Fernanda Daltro. Ela resume o hábito de muitos consumidores atuais: pegamos a sacola de graça, jogamos fora, não nos preocupamos em separar o lixo. “Vai dar trabalho mudar, mas não dá para fugir desta questão por muito tempo.”
Dicas
Quantidade – sempre que for possível, prefira embalagens que tragam maior volume de produto (5kg de açúcar ou arroz em vez de 1kg, por exemplo) ou compre a granel
Excesso – procure comprar produtos que usem uma menor quantidade de embalagens: biscoitos que usam uma grande embalagem para todos em vez daqueles que trazem cada um embalado individualmente, por exemplo
Lixo – em casa, prefira um lixo maior, para usar um saco grande em vez de várias sacolinhas
Ecobag – no mercado, leve sua própria sacola de compras
Fonte – Estadão
Parabéns ao estado do Rio de Janeiro, mas cremos que a lei deveria prever uma data limite para o uso destas dispensáveis sacolas plásticas de uso único, como por exemplo, dezembro de 2010. Após essa data, quem fabricar, distribuir ou ainda utilizar estas pragas, que sejam multados, presos ou o que mais for necessário para desplastificar o estado do Rio.
É amplamente divigulgado principalmente aqui que o uso das sacolas plásticas é nocivo á natureza, gostaria que observasse também que todas as embalagens hoje são feitas de polietileno(arroz,feijão,farinha.açúcar etc) estão não são nocivas também? não poluem?, pergunto: o que será feito?, gostaria de saber também como consumidor, quais as alternativas de embalagens para levarmos nossas compras para casa?,muitos consumidores como eu não tem carro, levaremos em sacolas ecólogicas? e os idosos conseguirão levar suas compras de mês nestas sacolas? caixas de papelão? temos um grupo de pessoas que também preocupam-se com a natureza, acho que esta campanha é somente para beneficiar esses grandes supermercados e repassar os custos para nós consumidores otários consumidores.
RESPOSTA
Já está sendo feito!
A FUNVERDE quando fala sobre banir o plástico convencional de uso único não se refere somente a sacola plástica convencional de uso único mas a todo plástico de uso único, que corresponde a 80% de todo o plástico fabricado, que é utilizado somente uma vez dentro de 6 meses e depois descartado para ficar poluindo o planeta por cinco séculos.
Desde 2004 estamos trabalhando para banir o plástico onde puder ser banido – sacolas plásticas de uso único – e quanto aos outros plásticos, que normalmente são plásticos de embalagens de produtos, estamos incentivando a transição destas embalagens para plástico com ciclo de vida útil programado.
Este incentivo se dá através do contato com as fábricas dos plásticos convencionais explicando para estes que neste novo século um dos grandes problemas é o lixo e que a embalagem deve ter o ciclo de vida aproximado ao ciclo de vida do produto contido na embalagem e através do contato com o varejo, com a mesma abordagem e por último, o contato com as fábricas dos produtos para que diminuam o número de embalagens dos produtos e que estas sejam ambientalmente corretas.
Hoje já estão no mercado embalagens com ciclo de vida útil controlado para verduras, legumes e frutas, plástico de açougue, filme plástico esticável, copos de plástico, embalagens para flores, plásticos para agricultura, embalagens de isopor com ciclo de vida útil controlado, sacos para padaria, e os plásticos de fábrica também já estão sendo produzidos com plásticos com ciclo de vida útil controlado como plástico para arroz, feijão, farinha, açúcar, xampu, desodorante, margarina, pão …
Você já ouviu falar de sacola retornável, carrinho de feira, mochila, caixa de papelão, caixa de plástico … ? São todas opções para você levar as compras para casa, sem o inconveniente de ter seus dedos gangrenados pela alça da sacola de plástico de uso único.
Sim, claro, óbvio, uma sacola retornável de tamanho normal acondiciona o equivalente ao conteúdo de cinco sacolas de plástico de uso único. Essa tal de sacola retornável é uma invenção fantástica. Pergunte para a sua avó e ela lhe dirá que usou a vida inteira até a década de 80 do século passado, quando se acomodou e passou a usar as sacolas de plásticos que cortam a circulação de sangue nos dedos, que arrebentam e tem uma série de inconvenientes mas que, já que é de graça – as pessoas pensam que é de graça mas o preço delas está embutido no preço de cada mercadoria comprada no supermercado – a preguiça falou mais alto e as pessoas esqueceram que cada sacola demora centenas de anos para sumir da face da terra. É o consumismo, o comodismo destruindo o mundo.
Você já ouviu falar de entrega em casa que os supermercados fazem? Uma compra do mês pode, sem custo nenhum para o idoso, o jovem, ou a pessoa de meia idade, ser entregue em casa, não é maravilhosa essa invenção?
E tem mais, o que você acha mais cômodo, uma sacola retornável ou carrinho de feira, que acomoda muitos produtos e que não machuca as mãos e cabe um monte de produtos ou várias, inúmeras, sacolas plásticas de uso único, que caem, arrebentam e derrubam as mercadorias contidas e por fim, arrebentam os dedos por carregar tanto peso em uma tirinha fina de plástico?
Sinceramente não entendemos tanta reclamação. Desde quando uma sacola retornável, caixa de papel, caixa de plástico, mochila, carrinho de feira … são piores opções do que as malditas sacolas plásticas de uso único eternas?
A sacola retórnável ou qualquer outra embalagem retornável e permanente sempre foi e será a melhor escolha para o consumidor e para o planeta, exceto claro, para as pessoas preguiçosas que não querem ter o trabalho e a responsabilidade de carregar estas embalagens na mochila, na bolsa, na bicicleta, na moto, no carro … para estes preguiçosos, tudo dá trabalho e eles não querem nada que dê trabalho, só mordomia, nem que isto custe destruir nosso único lar, o planeta terra.
Hélio, assuma sua parcela de responsabilidade pela poluição que você causa, use sacola retornável.