Por Ellen Nemitz · ECO - 18 de dezembro de 2024 - Câmara ressuscitou “jabutis” da…
Sacolas: uso de PE verde pode ser questionado em SP
Futuro Secretário Municipal do Meio Ambiente é contra exigência do bioplástico na embalagem
A exigência de polietileno verde na composição das sacolas camiseta no comércio paulistano, por ser o único bioplástico nacional com disponibilidade comercial, acaba de ser posta em xeque por João Doria, vencedor da eleição para prefeito realizada em outubro último.
Para a formação da cúpula da gestão municipal, ele nomeou o vereador Gilberto Natalini (PV-SP) para comandar a Secretaria do Meio Ambiente.
Em entrevista a Plásticos em Revista publicada na edição de fevereiro último (nº622), Natalini demarcou sua posição ao informar ter encaminhado ao prefeito atual, o petista Fernando Haddad, nocauteado por Doria logo no primeiro turno, alertando que especificar na regulamentação para a sacola uma resina de fabricação restrita (PE verde) implicava favorecer seu único produtor, no caso a Braskem.
No mesmo documento, ele comentou que, a despeito do mérito da origem renovável da resina em foco, lhe soava mais consistente, do ponto de vista ambiental, incorporar à sacola a sucata de plástico pós consumo.
A questão de fundo, contestada também pelo Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Estado de São Paulo (Sindiplast), são as distorções concorrenciais geradas pelas condições de acesso dos fornecedores de sacolas aos volumes de PE verde.
Conforme divulgou a reportagem, uma minoria de transformadores de maior porte adquire o bioplástico (material com participação de 51% na composição da sacola) a preços e volumes inatingíveis pelos rivais menores, dependentes de comprar o material a preços maiores dos distribuidores autorizados da Braskem. Gilberto Natalini toma posse em 1º de janeiro próximo.
Nota do IDEAIS: Este questionamento vem em boa hora. Quem sabe a nova administração mande apurar como uma lei que proíbe sacolas plásticas deu origem a um decreto que permite sacolas plásticas não degradáveis e poluentes produzidas a partir de resina plástica que um só fabricante no Brasil tem capacidade de produzir.
Relembre o caso onde até um juiz afirmou que as sacolas em PE verde são ilegais aqui: http://bit.ly/sacola_ilegal
Fonte – Plásticos em Revista
Boletim do Instituto IDEAIS de 30 de novembro de 2016
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