Por Jean Silva* - Jornal da USP - 1 de novembro de 2024 - Tucuruvi,…
Saiba quais são os tipos de lixo mais comuns encontrados nas cidades
Hoje 52% do lixo encontrado nas cidades são orgânicos. Imagem: CircleEyes / iStock / Getty Images Plus
Todos os dias, o ser humano gera grandes quantidades de lixo. Ao longo dos anos, todo este volume de resíduos acaba poluindo rios, solo e até mesmo o ar que respiramos. Nas grandes cidades, este problema é ainda mais grave, uma vez que há ainda todo o lixo produzido pelo comércio, pela indústria e pela rede de serviços.
Principais tipos de lixo produzidos nas cidades
Segundo dados de Organizações Não Governamentais que trabalham com reciclagem, o lixo mais comum nas cidades é o orgânico, que corresponde a cerca de 52% de todo o montante de resíduos. Em segundo lugar vem o papel e o papelão (aproximadamente 26% do total), o plástico (3%), os metais e o vidro — ambos contribuindo com 2% de todo os rejeitos que são produzidos.
Há, ainda, o descarte de lixo especial (composto por materiais como baterias, pilhas, embalagens de agrotóxicos ou veneno e restos de demolições) e lixo hospitalar (formado por medicamentos e produtos hospitalares em geral), uma grande variedade de resíduos que causam grandes prejuízos ao meio ambiente quando são descartados de forma incorreta.
Problemas associados ao lixo nas grandes cidades
Embora seja positivo o fato de a maior parte do lixo descartado ser orgânico, isso não deixa de ser um problema. Este é um dos tipos de lixo mais comuns justamente porque reúne restos de comida descartados por residências, restaurantes, hotéis e outros estabelecimentos. Este tipo de lixo é levado diretamente aos lixões, onde se acumula com diversas outras toneladas de lixo.
O lixo orgânico é fruto da falta de planejamento na hora de consumir alimentos, que acabam sendo desperdiçados e descartados mesmo quando estão em bom estado. Este é um problema que aumenta e estimula problemas de desigualdade social, uma vez que o descarte de alimentos faz com que mais pessoas deixem de se alimentar.
O papel e o papelão, por sua vez, embora sejam recicláveis, dificilmente têm este fim. Isso porque, infelizmente, a maioria das pessoas ainda não sabe fazer o descarte consciente deste tipo de produto. Como consequência, esses materiais acabam sendo descartados juntamente com outros tipos de lixo, impossibilitando seu reaproveitamento.
Minimizar este problema é fácil: basta diminuir o consumo, aproveitando ao máximo o papel e realizando o descarte de forma correta, evitando a contaminação com outros tipos de lixo.
O plástico, por sua vez, é um dos maiores problemas da atualidade — já que, além de ser descartado em grandes quantidades, é um daqueles tipos de lixo que raramente podem ser reciclados. Além disso, quando descartado de forma errada, o plástico acaba indo para o solo e para o mar, onde causa poluição e dizima milhares de espécies de animais.
O vidro e o metal, assim como o plástico, podem ser um problema gravíssimo. Estes tipos de lixo demoram milhares de anos para se decompor e acabam deixando para trás componentes químicos altamente prejudiciais para a sustentabilidade do planeta.
Fonte – Pensamento Verde de 21 de fevereiro de 2018
Divergimos da afirmação acima: “o plástico é um daqueles tipos de lixo que raramente podem ser reciclados”. Pelo contrário, o plástico pode ser todo reciclado desde que a coleta seletiva o recolha e encaminhe para a indústria. Acontece que por falta de educação ambiental grande parcela da população se livra dele de modo inadequado, abandonando no ambiente, indo parar nas redes de drenagem e esgoto, daí para os rios e até chegar nos mares, com todas consequências sabidas..
Verdade. Então vou colocar de forma diferente. O país e grande parte dos outros países do planeta não tem uma coleta seletiva eficiente, quando tem coleta seletiva. É tudo um grande faz-de-conta. Se pensarmos globalmente, menos de 1% de qualquer material é reciclado. Então, a frase deveria ser a seguinte “o plástico é um daqueles tipos de lixo que raramente É reciclado”.