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São Paulo vai calcular sua pegada ecológica

São Paulo vai calcular impactos do consumo sobre meio ambiente

Estado e município vão medir pegada ecológica, quantidade de recursos ambientais necessários para manter o padrão de consumo

Um novo estudo vai mostrar aos paulistas vão saber quantos hectares de água e terra são necessários para produzir e sustentar o que é consumido no Estado. Foi assinado hoje (20) um acordo entre o Estado, o município de São Paulo e a organização não governamental World Wildlife Fund (WWF) para a medição da pegada ecológica, um indicador ambiental que pode ajudar a basear medidas públicas. A previsão é que o resultado da pegada ecológica da capital e do Estado sejam apresentados na Rio+20, em junho.

De acordo com o WWF, a estimativa é uma forma de traduzir, em hectares, a extensão de território que uma pessoa ou toda uma sociedade “utiliza” em média, para sustentar suas formas de alimentação, moradia, locomoção, lazer e consumo. De acordo com a Global Footprint Network, organização detentora da tecnologia e metodologia do índice, a ideia é descobrir se a quantidade de recursos disponíveis, a biocapacidade, é suficiente para suprir os padrões de consumo atuais.

“A pegada permite um diálogo com os poderes públicos. O índice brasileiro está acima da média mundial, assim como a de Campo Grande (MS), e eu suspeito que a nossa também esteja”, disse o secretário municipal do Meio Ambiente, Eduardo Jorge.

A cidade de Campo Grande fez o cálculo da pegada ecológica em 2010. O resultado foi um número muito elevado. A cidade atingiu 3,14 hectares globais de pegada ecológica, muito mais que o Estado do Mato Grosso do Sul (2,82) e do Brasil (2,91). De acordo com o WWF, o ideal seria que a pegada global fosse de 1,8 hectares. “A mensagem é que estamos no cheque especial, estamos consumindo mais do que a natureza pode nos dar”, disse Michael Becker, coordenador do programa Cerrado-Pantanal do WWF Brasil. A primeira cidade brasileira a fazer o cálculo foi Curitiba (PR), que em 2006 atingiu 3,42 hectares globais.

Eduardo Jorge defende mudanças na maneira de viver como o aumento do vegetarianismo e a implementação dos pedágios ecológicos. “Vamos ter que mudar a maneira como vivemos e não é pouca coisa não. Mas é sempre bom ter a chance de participar de uma revolução. Vamos ver”, disse.

Do resultado do estudo para a tomada de ações será uma longa jornada. Não há metas para que ações sejam postas em práticas, o estudo pretende servir apenas como um “Esse número não é nenhum ponto de chegada, é um ponto de saída. É uma faísca para novas medidas para que a gente possa garantir os recursos naturais”, disse o secretário estadual de Meio Ambiente, Bruno Covas.

Fonte – Maria Fernanda Ziegler, iG de 20 de abril de 2012

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