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Secretaria do Meio Ambiente e Apras assinam termo de entendimento
Agência estadual de notícias de 30 de março de 2008
O governador Roberto Requião e o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, assinaram neste domingo (30) termo de entendimento com o presidente da Associação Paranaense de Supermercados Everton Muffato, durante a 27° Feira e Convenção Paranaense de Supermercados (Mercosuper).
O governador aproveitou para elogiar os supermercados paranaenses e brasileiros, que já estão há tempos se adequando para essa realidade e chamar a atenção das grandes redes multinacionais que insistem em utilizar sacolas de plástico comum.
“Não é possível que, em nome de um custo operacional que é naturalmente absorvido pelos mercados nacionais e paranaenses, não cumpram com as determinações do Estado do Paraná”, enfatizou.
ESSE é o nosso governador corajoso, que defende a mata ciliar, a agricultura orgânica, repudia os transgênicos e quer resolver o problema dos resíduos em nosso estado.
Muffato destacou que a parceria do setor com o Governo do Paraná na questão ambiental vem evoluindo, principalmente na utilização das sacolas oxibiodegradáveis. “Estamos acima da média mundial também no gerenciamento de resíduos. Vários supermercados estão com ação na utilização das sacolas retornáveis e a Apras ainda vai desenvolver o pedágio verde para conscientizar a sociedade”, enumerou.
O documento vem reforçar o compromisso do setor supermercadista na substituição das sacolas feitas com plástico convencional nos estabelecimentos afiliados à associação. Este termo propõe que os supermercados incentivem seus clientes a utilizarem sacolas retornáveis, como as feitas de papel; pano; lona e tecido. Caso os supermercados queiram utilizar sacolas plásticas, que disponibilizem para venda na boca do caixa, sacolas oxibiodegradáveis.
NÃO, PAPEL NÃO!
Você sabe a pegada ambiental de uma sacola de papel? Você realmente acha justo utilizar terra fértil, cada vez mais escassa, para plantar sacola de compra? Com a demanda crescende de alimentos pela superpopulação do planeta é no mínimo burro, idiota, imbecil utilizar terra fértil para plantar sacola de compra, quer seja de papel, quer seja de plástico biodegradável – não confundir com oxi-biodegradável, que é um projeto da FUNVERDE de 2005 que incentiva o uso de sacola plástico de rápida degradação, mas que usa o petróleo para ser fabricada, que se não fosse fabricada não teria uso para a nafta resultante do refino do petróleo.
Segundo o Secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, cobrar pela sacola que o cliente utiliza pode ser uma boa estratégia. “Se o cliente pagar pela sacola, haverá uma conscientização mais rápida de que se não cuidarmos do meio ambiente hoje, pagaremos cada vez mais caro no futuro” disse o secretário.
Maravilhoso Rasca, isso também funciona.
Segundo o Coordenador do Programa Desperdício Zero, Laerty Dudas, a Apras fará com que todos os seus associados tenham conhecimento da assinatura desse termo. Dudas conta ainda que, hoje as redes supermercadistas paranaenses já se adequaram à substituição das sacolas, mas ainda há muito a ser feito. “Mais de 40% das empresas do ramo já estão fazendo uso de sacolas oxibiodegradáveis. Nosso problema agora, são as grandes redes multinacionais que ainda não se adequaram” afirmou.
MULTA – No início de fevereiro o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) multou as redes de supermercados WMS Supermercados do Brasil (que engloba os estabelecimentos Wal Mart, Big e Mercadorama), Companhia Brasileira de Distribuição (do qual fazem parte as lojas Pão de Açúcar e Extra) e Carrefour. Cada rede foi autuada em R$ 70 mil por não apresentar à Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos e ao Ministério Público do Paraná alternativas para a substituição das sacolas plásticas disponibilizadas em suas lojas. Se somadas, as multas totalizam R$ 210 mil.
Em março do ano passado, a Secretaria e o Ministério Público convocaram audiência pública com a Associação Paranaense de Supermercados (Apras) para saber qual o destino das 80 milhões de sacolas disponibilizadas mensalmente. Desde então, a Secretaria vem coordenando ações para que haja uma mudança de atitude e uma maior preocupação ambiental por parte deste setor.
1 bilhão e 200 milhões de sacolas distribuidas mensalmente, este é o número real que a APRAS quer esconder.
São cerca de 15 bilhões de sacolas que estes supermercados poluem o planeta anualmente, somente no Paraná e somente os supermercados. Adicione a isto as farmácias, videolocadoras, padarias, shoppings centers, feira livre, frutaria, qualquer tipo de comércio.
E esses 15 bilhões de sacolas anuais ficam plastificando nosso planeta por mais de 500 anos.
Então, você não acha que já passou da hora de desplastificarmos nosso planeta azul?
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