fabbio
O Eco de 02 de abril de 2009
Ao aprovarem o Código Ambiental sem nenhum voto contra, os parlamentares catarinenses colocaram uma borracha na tragédia que se abateu sobre o estado há seis meses
Em novembro do ano passado, Santa Catarina sofreu na pele conseqüências provocadas em boa parte por décadas de devastação ecológica. Na ocasião, chuvas ininterruptas causaram enchentes e o desabamento de encostas, deixando 80 mil desabrigados. Pelo visto, a tragédia não foi suficiente para abrir os olhos do governador Luiz Henrique da Silveira e de deputados estaduais. Ontem à noite, com trinta e um votos a favor e sete abstenções, a Assembléia Legislativa aprovou projeto de lei que instaura o Código Ambiental do Estado. Entre outros absurdos, o texto reduz de 30 para 5 metros a faixa mínima de mata ciliar a ser preservada nas margens dos rios.
[… Acho uma tremenda contradição que um estado que há menos de seis meses sofreu uma tragédia ambiental por má ocupação do solo, com casas em encostas de morros e topos desmatados, queira acentuar as práticas que a causaram, e não revê-las.]
[… A falta de proteção das árvores das matas ciliares, afirma, vai auxiliar no assoreamento dos rios e rebaixamento dos lençóis freáticos. Em outras palavras, faltará ainda mais água em um estado que sofre todo verão com a escassez.]
[… Além disso, as águas dos rios ficarão mais turvas, já que as chuvas tendem a cair com maior freqüência em virtude das mudanças climáticas e vão levar mais resíduos da agricultura, como folhas, palhas e agrotóxicos. Tudo porque as produções ficarão mais próximas dos leitos e nascentes.]
[… O governo e a Companhia de Águas, por exemplo, precisaram cavar poços de 500 metros no oeste do estado para distribuir água.]
[…A legislação estadual pode apenas complementar a federal, sempre de forma mais protetora. Em resumo: regras estaduais menos protetoras do meio ambiente do que regras federais não têm validade, não podendo gerar efeitos. Assim, dizer que o futuro Código Ambiental de Santa Catarina vai legalizar o desmatamento de áreas de preservação, é induzir em erro a população.]
Falar mais o que? Acusar os deputados de corruptos, vendidos? Isso seria somente constatar uma realidade presente em todas as assembléias estaduais, todas sim, absolutamente todas, em todas as câmaras municipais, no senado e na câmara federal. Repetimos o que sempre dissemos e continuaremos dizendo, políticos são a escória da sociedade brasileira, se elegem não para se doarem, fazerem sua parte e melhorar o país, mas sim para acumular riquezas, ganhar o dízimo, o terço, estão políticos tão somente atender aos seus próprios interesses escusos, então nada disso é novidade para nós, a novidade é que a sociedade catarinense não se mobilizou para barrar esta lei que é um crime contra a humanidade.
É por isso que quando elogiamos um político por fazer o que a priori seria sua obrigação, entendam que este elogio é raro e especial, pois o político que estivermos elogiando é o trigo em meio ao joio, é a exceção à regra.
Quanto aos produtores, estes imbecis só pensam no ganho presente, lucro sem responsabilidade, queremos ver quando os rios e o lençol freático secarem, o que estes idiotas farão para irrigar suas plantações, como darão de beber aos animais, como explicarão para seus filhos porque seu estado ficou desertificado e a parte que lhes coube neste crime hediondo.
Esquecem os produtores que a terra lhes foi emprestada por seus descendentes, eles não são os donos da terra, até porque a vida de uma geração finda para dar início à vida da próxima geração, eles são apenas inquilinos e terão que prestar conta para os seres do amanhã de como conservaram a casa que lhes foi emprestada. Nesta hora será que conseguirão olhar diretamente para olhos dos netos e explicarem todo mal que causaram a eles?
Leia o resto da matéria fique você também com nojo desta corja de deputados de Santa Catarina.