Por Jean Silva* - Jornal da USP - 1 de novembro de 2024 - Tucuruvi,…
Tecnologia brasileira única no mundo contribui para a agricultura zero carbono
Por Redação Minuto Rural – 17 novembro de 2020
A Zasso Group AG, líder mundial em controle elétrico de plantas daninhas, faz parte de um seleto grupo de empresas convidadas a apresentar suas soluções no Zero Summit 2020, um importante evento com foco na preservação do meio ambiente.
A busca por tecnologias que contribuam para a emissão zero de carbono em todo o mundo é hoje uma grande premissa em diversas áreas, especialmente no agronegócio. Uma delas vem de uma empresa suíça, mas de origem brasileira, a Zasso Group AG, líder em controle elétrico de plantas daninhas. Esta é uma solução para um dos grandes problemas dos produtores rurais, e que afeta as produtividades das culturas. Tradicionalmente para acabar com essas invasoras são usados os herbicidas. Eles que representam cerca de 50% dos produtos químicos que são utilizados hoje a nível mundial.
Porém, de acordo com o CEO da empresa, Sérgio de Andrade Coutinho Filho, o uso em excesso acarreta três problemas: o primeiro é a sustentabilidade ambiental, pois por causa da lixiviação e da deriva, a maior parte desses químicos, até 95% deles acabam em organismos ou ambientes que não eram os alvos. Ou seja, uma pequena parte somente desses produtos é de fato utilizado para controlar as plantas daninhas e uma imensa parte deles acaba no meio ambiente.
O segundo problema é o da responsabilidade social, segundo dados da Anvisa, até 91% de alguns alimentos apresentam desconformidades para o consumo humano. “Desses problemas, a maior parte é devida a presença de elementos químicos proibidos para aquela determinada cultura. Ou um excesso que não apresenta grandes riscos a sua saúde. Todavia, quase 1% dos alimentos testados, apresenta algum tipo de risco agudo, que pode causar efeitos adversos imediatos para a sua saúde”, destaca o CEO.
Mas, substituir herbicidas não é só um caso de meio ambiente ou de saúde pública, já que é um problema de funcionalidade operacional. Com a aplicação há um longo período de tempo, durante décadas, as plantas têm desenvolvido resistência a esses químicos. “Isso significa, que hoje nós temos mais de 500 casos de resistência a algum tipo de herbicida. Algumas plantas chegam a ter resistência de até cinco herbicidas diferentes. Isso significa que não adianta nem você tentar misturar esses químicos para tentar matar as plantas, não vai funcionar”, alerta Coutinho Filho.
É nesse momento que a solução criada pela Zasso Group AG, se destaca, pois pode levar o consumo de herbicidas a zero e com o detalhe de também eliminar as raízes das plantas daninhas. “Nós instalamos um equipamento personalizado no trator do produtor e este aplica de forma segura descargas elétricas controladas de alta potência. A capina elétrica permite então a eliminação das ervas daninhas, das folhas até as suas raízes”, explica o profissional.
A solução foi apresentada durante um importante evento do setor, o Zero Summit 2020, que aconteceu em São Paulo, com uma programação repleta de empresas e informações para um futuro do carbono zero e um desenvolvimento mais sustentável. “O que levamos até esse evento e aos produtores e a sociedade no geral, é esse controle elétrico com um impacto temporário muito menor no número de minhocas por exemplo, no solo, e nenhuma interferência negativa no número de artrópodes nas condições normais de potência de aplicação. Ou seja, é uma ferramenta altamente sustentável”, aponta Coutinho Filho.
O CEO destaca que está não é uma tecnologia para o futuro, ela já está disponível e pode ser utilizada. A empresa prepara lançamentos para o próximo ano nas culturas de citros, café, urbano e até produtos comerciais para vinhos e ainda estão em desenvolvimento também soluções para culturas de larga escala, como a soja e a cana-de- açúcar. “No lançamento de uma nova tecnologia, existe sempre a preocupação com o preço. Nos últimos dez anos, o custo por área dessa tecnologia que era viável apenas em culturas orgânicas, ou em casos muito específicos. Agora, passou a ser viável para a produção de madeira, frutas e em breve acreditamos que será viável para toda a agricultura”, finaliza. Com assessoria.
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