Por Pedro A. Duarte - Agência FAPESP - 12 de novembro de 2024 - Publicado…
Tradings dos EUA rejeitam nova soja desenvolvida pela Monsanto
Empresas como Cargill e ADM alegam que a variedade ainda não foi aprovada por autoridades reguladoras da Europa
Tradings de grãos nos EUA pretendem rejeitar a nova soja geneticamente modificada da Monsanto, em meio a temores de que o produto cause problemas no comércio internacional, já que ainda não foi aprovado por órgãos reguladores da União Europeia.
Grupos representando Cargill, Archer Daniels Midland (ADM), Bunge e outras tradings criticaram a decisão da Monsanto de vender a semente antes de garantir a aprovação necessária para exportar a soja para a UE, de acordo com o The Wall Street Journal. Esses grupos estão pressionando a Monsanto para que a companhia explique como pretende evitar que a nova soja entre nos canais de exportação.
A Monsanto pretendia vender na atual primavera do Hemisfério Norte o equivalente a 3 milhões de acres das novas sementes de soja, chamadas “Roundup Ready 2 Xtend”. Tradings poderiam aceitar a soja se autoridades da UE aprovassem sua importação antes do início da colheita, no outono. De acordo com uma porta-voz da Monsanto, a companhia espera que a nova soja seja aprovada no futuro próximo.
Representantes da UE não responderam a pedidos para comentar o assunto. “As ações da Monsanto quanto à soja RR2X são inaceitáveis e bastante preocupantes, e pedimos que isso não se repita”, disseram em carta os chefes da Associação Nacional de Grãos e Ração, da Associação Norte-Americana de Grãos para Exportação e da Associação Nacional dos Processadores de Oleaginosas.
De acordo com grupos que representam tradings de grãos, essas empresas perderam centenas de milhões de dólares após o governo da China rejeitar, no fim de 2013, carregamentos de milho norte-americano contendo uma variedade transgênica da Syngenta que ainda não tinha sido aprovada naquele país. Fonte: Dow Jones Newswires.
Fonte – Globo Rural de 03 de maio de 2016
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