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Três formas de gerar rnergia solar no Brasil que muitos não conhecem
Por Ruy Fontes – The Greenest Post – 12 de fevereiro de 2021
É fato que utilizar um sistema fotovoltaico se tornou a solução ideal para quem busca como economizar energia em casa ou na empresa.
Agora, o que muitos ainda não sabem são as possíveis formas de se fazer isso.
Uma vez que os geradores costumam ser instalados no próprio imóvel, é comum pensar que só aqueles com um telhado disponível podem aproveitar a energia do painel solar.
Mas isso não é verdade.
Desde 2015, os brasileiros já não precisam necessariamente instalar o sistema onde residem, como no caso de quem mora em apartamento, por exemplo.
Tudo graças às novas modalidades de geração distribuída criadas pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), que são:
- Autoconsumo remoto;
- Geração compartilhada;
- Geração em empreendimento com múltiplas unidades consumidoras.
Cada uma delas funciona com base no chamado sistema de compensação de energia elétrica, arranjo que tornou viável a utilização dos geradores conectados à rede elétrica.
Para quem ainda não conhece, esse sistema possibilitou aos consumidores obterem uma compensação pela energia que o seu sistema injeta na rede elétrica.
Isto é, toda a energia gerada e não consumida no momento é enviada à rede e emprestada para a distribuidora, que depois recompensa o consumidor com os chamados créditos energéticos.
Ao final de cada mês, esses créditos são automaticamente utilizados para abater a energia que o consumidor utilizou da rede nos momentos de pouca ou nenhuma produção do seu gerador.
Isto é, durante a noite ou em dias nublados e chuvosos, no caso do painel solar, quando há pouca ou nenhuma luz do sol.
Veja abaixo como funciona cada uma dessas novas formas de gerar energia solar:
Autoconsumo Remoto
Como o nome sugere, essa modalidade permite ao consumidor (seja pessoa física ou jurídica) gerar a sua energia de forma remota.
Ou seja, em local diferente de onde ele irá consumi-la.
É o caso, por exemplo, de quem mora em apartamento e não possui espaço para a instalação do kit de energia solar.
Com a modalidade de autoconsumo remoto, esse morador pode instalar o sistema em outra propriedade ou terreno e, com os créditos lá gerados, abater o consumo de onde reside.
Para isso, no entanto, todas as propriedades ou terrenos devem estar sob a titularidade do consumidor e localizadas dentro da área de concessão da mesma distribuidora.
Das três modalidades criadas, a de autoconsumo remoto foi a que mais trouxe vantagens para os consumidores, pois permitiu unir o consumo de duas ou mais propriedades e aumentar a economia com energia solar.
No caso de empresas, como aquelas situadas no campo, o modelo de autoconsumo remoto se torna altamente vantajoso, pois permite utilizar o excedente gerado no campo para abater o consumo de unidades na cidade.
Geração Compartilhada
Na modalidade de geração compartilhada, dois ou mais consumidores (CPF ou CNPJ) podem se unir por meio de consórcio ou cooperativa para a instalação de um único sistema.
Depois, os créditos gerados são divididos entre os participantes de acordo com as proporções de cada um, estabelecidas previamente à instalação.
Ou seja, é o caso de moradores de prédio, por exemplo, que podem instalar o sistema em uma propriedade ou terreno e, com a sua parte dos créditos, abater o consumo de seus respectivos apartamentos.
Para essa modalidade, as regras exigem que o sistema seja instalado em local diferente daqueles onde residem os participantes e que todos estejam dentro da área de concessão da mesma distribuidora.
Geração em Empreendimento com Múltiplas Unidades Consumidoras
Por fim, a modalidade de geração em empreendimento com múltiplas unidades consumidoras é aquela que caracteriza a instalação em condomínios, sejam horizontais (de casas) ou verticais (de prédios), residenciais ou comerciais.
Essa modalidade é muito parecida com a geração compartilhada, com a exceção que aqui o sistema é instalado dentro do próprio local de consumo.
Ou seja, todos os moradores (condôminos) do empreendimento, ou parte deles, se unem para a aquisição de um sistema central, que será instalado dentro do condomínio.
Nesses casos, a engenharia para a instalação das placas solares ganha asas, podendo ser feita na cobertura de prédios ou mesmo como estrutura de estacionamentos, chamados de carports solares.
O sistema, que fica sob a responsabilidade do condomínio, da administração ou do proprietário do empreendimento, injeta toda a sua energia diretamente na rede elétrica, a qual produz os créditos energéticos.
Então, todos os meses, cada participante recebe a sua parte dos créditos, que será utilizada para abater o consumo de seus respectivos apartamentos/casas/lojas.
Também é possível utilizar os créditos para abater o consumo de áreas comuns do condomínio, aumentando a economia obtida com o sistema.
Juntas, essas três novas modalidades criadas pela Aneel ajudaram a ampliar o segmento de geração distribuída e tornaram a luz do sol a fonte de energia de mais consumidores no Brasil.
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