Entrevista concedida pela FUNVERDE para a revista HM! sobre as malditas sacolas plásticas de uso…
Trocando a lâmpada
Se todos os países optassem por lâmpadas eficientes, como a LED e as fluorescentes, o consumo de eletricidade do mundo cairia em 5% e a economia financeira seria de 110 bilhões de dólares. Esses são alguns dos dados que o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) levantou em um novo mapa mundial de políticas em iluminação eficiente.
De toda a eletricidade do mundo, 20% é destinada para a iluminação. Segundo a Agência Internacional de Energia (AIE), 3% da demanda global de petróleo é para a iluminação e a produção da energia elétrica é responsável por cerca de 6% das emissões de CO2 na Terra.
Acabar com o uso de lâmpadas incandescentes economizaria a energia elétrica equivalente ao fechamento de mais de 250 grandes centrais elétricas a carvão. Seriam reduzidas 490 megatoneladas de CO2 por ano, o equivalente às emissões de mais de 122 milhões de carros. Só no Brasil, seria obtida a redução de 5% do consumo nacional de eletricidade.
“A iluminação desempenha um papel fundamental na melhoria da eficiência energética, e os esforços contínuos para reduzir em nível global a utilização de produtos de iluminação ineficientes terão como consequência um aumento da segurança energética e uma redução da demanda global de energia”, disse para a agência de notícias da ONU Maria van der Hoeven, diretora-executiva da AIE.
Em agosto, um grupo de 14 países fará parte de um projeto-piloto dentro do Programa de Parcerias para uma Eficiência Global, coordenado pelo Pnuma. O objetivo é desenvolver programas nacionais de redução gradual de iluminação ineficiente. Haverá apoio de especialistas da iniciativa En.Lighten – parceria público-privada entre o Pnuma, Fundo para o Meio Ambiente Global (GEF, na sigla em inglês) e empresas como a Philips Lighting e a Osram. Entre os países estão Uruguai, Chile, Marrocos, Jordânia, Filipinas e Tunísia.
O Brasil está dando passos para eliminar gradativamente o uso de lâmpadas incandescentes. Desde julho, está proibida a fabricação e importação de modelos de 150 W e 200 W. Fabricantes e importadores têm até 31 de dezembro de 2013 para vender seus estoques e atacadistas e varejistas, até 30 de junho do mesmo ano. A previsão do governo é que em junho de 2017 não haja mais comércio de lâmpadas incandescentes de nenhuma voltagem. Com isso, torna-se fundamental a destinação correta dos resíduos das lâmpadas fluorescentes, que contêm mercúrio e precisam ser descontaminadas e recicladas.
Fonte – Thaís Herrero, Página 22 de 10 de agosto de 2012
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