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Uberlandia, SP – Sacolas plásticas já são substituídas

Comerciantes têm até julho de 2011 para trocar embalagem por outra que não agrida o meio ambiente

Com prazo de até julho de 2011 para a substituição das sacolas plásticas por embalagens que não agridam o meio ambiente, os comerciantes e consumidores já começam a se adaptar à nova Lei. Estabelecimentos e cidadãos de Uberlândia já encontraram algumas alternativas para as sacolas plásticas.

Alguns clientes estão substituindo as sacolinhas por carrinhos, sacolas retornáveis feitas de pano, lona ou outro material reciclável, ou caixas de papelão, tudo em nome do meio ambiente. Na feira, o aposentado Júlio da Silva Neto, morador do bairro Martins, diz que usa a sacola retornável há oito anos. “Levar em apenas uma sacola, mais forte como essa, é melhor do que levar várias de plástico, que ainda prejudicam o solo depois que jogamos no lixo”, afirmou.

Balbina de Castro Amaral sempre faz suas compras levando um saco grande e o carrinho para carregar os produtos. “Não gosto de sacolas plásticas. Muitas vezes preciso usar, mas evito ao máximo, colocando menos sacolas ou levando as minhas retornáveis”, disse. Balbina Amaral lembra que, antes eram usadas as sacolas de papel, de fácil decomposição.

Escolástica Guedes de Freitas também usa carrinho e diz que nunca gostou de sacolas plásticas. “Tem mesmo que acabar com as sacolinhas, porque prejudica o meio ambiente. Vejo um monte delas jogadas nas ruas e gente usando para colocar lixo, o que considero errado”, disse.

Supermercados se adaptam

As sacolas oxibiodegradáveis, fabricadas com material de rápida decomposição, a sacola retornável e caixas de papelão já estão disponíveis em alguns supermercados de Uberlândia. O D’Ville, por exemplo, há dois anos, só utiliza sacolas plásticas 100% degradáveis.

Geiser Rodrigues, supervisora de caixa explica que o principal motivo da substituição é a preocupação com o meio ambiente. Segundo ela, apesar de o material ser em torno de 20% mais caro, o supermercado considera como um investimento ecológico.

O gerente do Bretas no bairro Roosevelt, Marlos Rodrigues, disse que o supermercado diminuiu em 33% o uso das sacolinhas. “Antes comprávamos 120 mil unidades por semana, agora compramos 80 mil. A intenção é adequar à lei o mais rápido possível.” No supermercado, é possível encontrar sacolas retornáveis a R$ 3,99.

No Atacadão, sacolas plásticas biodegradáveis são vendidas a R$ 0,18 e a renda é revertida para os Doutores da Alegria e a AACD. Neste ano, já foram doados quase R$ 570 mil. O gerente Wesley Totti afirma que “o planeta vem sofrendo não apenas com as sacolas, como também com as garrafas pet. Todos devem ser eliminados”. No estabelecimento não há sacolas plásticas, apenas caixas de papelão.

Resistência

Já no Cristo Rei, a gerente Tatiana Coelho sente muita resistência dos clientes. “Conseguimos diminuir apenas 10%, porque as pessoas levam nas caixas e embalagens maiores que oferecemos, mas pedem as sacolinhas para colocar lixo em casa.”

A professora Evelin Martins diz que gosta das sacolas plásticas. “Elas são práticas e servem pra jogar o lixo fora, mas concordo que se deva substituí-la por outro material.”

Carrefour quer banir sacolinhas

O diretor de sustentabilidade do Carrefour Brasil, Paulo Pianez, diz que pretende eliminar as sacolas plásticas de todas as 163 franquias existentes no Brasil num prazo máximo até 2014. O marco inicial do projeto é a unidade de Piracicaba (SP), onde, desde março deste ano, não se utiliza o material. Segundo Pianez, foi feito um trabalho de conscientização com o consumidor, com incentivo pelo uso de caixas de papelão e sacolas retornáveis.

Consumo no Brasil

A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) estima que o Brasil consuma 12 bilhões de sacolas plásticas por ano. Isso significa que cada brasileiro utiliza em torno de 66 unidades por mês. Esta embalagem demora cerca de 400 anos para se decompor.

Fonte – Carolina Vilela especial para o Correio de Uberlandia de 20 de maio de 2010

Parábéns aos vereadores e ao prefeito de Uberlândia, que mesmo sob pressão da máfia do plástico, tiveram a  coragem de livrar os habitantes atuais e futuros da cidade de um problema ambiental gravíssimo, que é a plastificação planetária.

Só corrigindo uma informação da matéria, os brasileiros jogam no ambiente anualmente mais de 20 bilhões de sacolas plásticas de uso único por ano.

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