Por Ellen Nemitz · ECO - 18 de dezembro de 2024 - Câmara ressuscitou “jabutis” da…
Uma boa surpresa vem do supermercado
Diário da Manhã de 29 de outubro de 2008
Esta semana, fui surpreendido em meu gabinete por uma funcionária portando uma sacola oxi-biodegradável com a estampa de uma rede de supermercados goiana. Aparentemente, a sacolinha é como as outras que estamos acostumados a ver no comércio. Apenas é possível saber que ela tem algo especial por causa de um símbolo que está impresso na sua lateral. A partir de maio do ano que vem, todo o comércio goiano terá que substituir suas sacolinhas convencionais pelas biodegradáveis. Desde que um projeto de minha autoria se transformou na Lei nº 16.268, de 29 de maio de 2008, eu ainda não tinha visto uma iniciativa como esta aqui em Goiânia.
A sacola que me referi no começo deste artigo veio de uma das lojas da rede de supermercados Marcos. Há 30 dias, eles começaram a distribuir aos seus clientes uma sacola ecologicamente correta. Fiquei extremamente feliz ao perceber que uma empresa genuinamente goiana e de tanto prestígio no Estado já providenciou essa mudança e antecipou o que daqui a alguns meses será obrigação de todos os comerciantes. Por outro lado, a distribuição dessas sacolas está em consonância com outras ações desenvolvidas pela empresa, que no ano que vem completa 40 anos. Na próxima semana, pretendo apresentar no plenário uma moção de aplausos à rede Marcos saudando esta ação.
Gostaria de citar também e, por mais uma vez, a iniciativa da rede de supermercados Comercial Campeão, de Rio Verde, no Sudoeste Goiano. Lá, os seus clientes já levam as mercadorias em sacolas oxi-biodegradáveis desde abril. Ou seja, começaram com esta ação antes mesmo da lei ser aprovada.
O Campeão procurou a FUNVERDE em fevereiro de 2008 para iniciar a troca de suas sacolas de plástico convencional – eterno – por sacolas de plástico oxi-biodegradável e no lançamento do projeto sócioambiental que ocorreu no dia do planeta – 22 de abril – iniciou a utilização das sacolas oxi-biodegradáveis doou 80 árvores para plantarmos no nosso projeto de recuperação de mata ciliar.
A rede Campeão, de farmácias e supermercados foi a primeira rede de Goiás a usar o plástico ambientalmente correto e a aplicar nosso projeto de ecocaixas – multiplicadores de boas práticas ambientais em que o caixa e o empacotador dão dicas de consumo sustentável para o consumidor.
No próximo post falo mais do lançamento.
Esses são alguns exemplos que deveriam ser seguidos por outros empresários, especialmente por aqueles que se movimentam para fazer lobby com a finalidade de aumentar o tempo para fazer a adequação. Eles não percebem que o tempo urge e o meio ambiente não pode mais esperar. O uso de sacolas oxi-biodegradáveis por estes supermercados é a prova de que é possível fazer essa substituição.
A cada ano, o Brasil produz 210 mil toneladas de matéria-prima para fazer as sacolinhas convencionais. O problema é que elas demoram cerca de um século para se decompor contra um ano e meio das oxi-biodegradáveis. É notório que tomar uma atitude contrária à lei seria andar na contramão de tudo o que está sendo feito no mundo para que os efeitos do aquecimento global sejam amenizados.
Elaborar leis é uma ferramenta que está ao meu alcance e que, aliás, é minha obrigação. Afinal, sou um parlamentar e atuo como um representante da sociedade. Porém, só isso não basta. De que adianta termos uma lei que visa beneficiar o meio ambiente e, conseqüentemente todos nós, se não houver uma conscientização da importância dessa iniciativa?
Goiás não pode andar na contramão do desenvolvimento sustentável. Por isso, peço mais uma vez a sensibilidade dos empresários de nosso Estado para que reflitam sobre o quanto é importante esta ação para todos nós.
Daniel Goulart é deputado estadual e vice-presidente do PSDB goiano.
www.danielgoulart.com
danielgoulart@assembleia.go.gov.br
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