Por Ellen Nemitz · ECO - 18 de dezembro de 2024 - Câmara ressuscitou “jabutis” da…
Veneno invisível
Dá para fugir dos agrotóxicos? Brasileiro consome 7 litros por ano sem perceber e país lidera o uso
Brasileiro consome 7 litros de agrotóxicos por ano
O pensamento comum é de que frutas, legumes, grãos, cereais e outros alimentos naturais viram um banquete de nutrientes e vitaminas que se transformam em mais saúde para o corpo. Seria perfeito mesmo, não fosse a presença de ingredientes adicionados à grande maioria deles ainda na terra: os agrotóxicos.
Estas substâncias químicas são usadas aos montes na agricultura brasileira, a tal ponto que, desde 2008, o Brasil ocupa o posto de campeão mundial no uso de agrotóxicos para manter as pragas longe das lavouras, segundo dados do Ibama.
Se de um lado o agronegócio progride com a garantia de colheitas sem prejuízos, por outro nos tornamos consumidores de substâncias desconhecidas, muitas delas consideradas, inclusive, cancerígenas. Um levantamento da Fundação Oswaldo Cruz aponta que cada brasileiro consome, em média, 7 litros desse veneno por ano.
Mais perigoso que o cigarro
Mas como comemos tanta comida contaminada? Uma pesquisa da ESALQ/USP (Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”), da Universidade de São Paulo, revelou que os agrotóxicos, inclusive os mais perigosos, estão muito presentes na alimentação da população.
A pesquisadora Jacqueline Gerage Marques, mestra em ciência e tecnologia de alimentos, cruzou dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) com informações da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para analisar 743 itens alimentares bastante comuns no nosso cardápio, entre eles, abacaxi, abóbora, arroz, batata, café e cebola. A conclusão foi que 69 compostos excediam o valor de ingestão diária aceitável para não afetar a saúde de uma pessoa.
O foco do estudo era entender a contaminação crônica, causada pelo consumo de pequenas quantidades de resíduos de agrotóxicos por um longo período. O chamado efeito cumulativo dessas microdoses de venenos ao longo da vida é apontado pela OMS (Organização Mundial da Saúde), como responsável pelo aparecimento de diversas doenças, sobretudo, o câncer.
“Antigamente, os fabricantes negavam que o cigarro causasse câncer e pudesse matar. Mesmo assim, a escolha de fumar sempre foi individual. Com os agrotóxicos, a situação é mais grave, pois a população está adoecendo e não tem direito de escolha” Karen Friedrich, biomédica, toxicologista e pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz
Brasileiro precisa pagar mais caro para se livrar do veneno
Assista: Alimentos orgânicos são uma saída, mas ainda pesam no bolso.
Como é o uso de agrotóxicos no Brasil e no mundo
50% dos agrotóxicos usados aqui são proibidos em outro países
Cenário brasileiro
– 50% dos agrotóxicos usados no Brasil estão proibidos na Europa, EUA, Canadá e Austrália.
– O carbofurano, que pode causar câncer, mutações e malformações fetais, ainda é permitido no país.
– Na contramão dos países desenvolvidos, o Brasil segue o caminho para ter leis mais flexíveis sobre o uso de agrotóxicos, inclusive os que já são proibidos, graças às pressões da bancada ruralista, defensora do agronegócio.
– Apesar de proibido, o metamidofós que é altamente tóxico, continua sendo utilizado no país, onde entra via contrabando.
– O herbicida glifosato, o mais usado no Brasil, e os inseticidas malationa e diazinona, foram apontados por uma pesquisa da IARC (Agência Internacional de Pesquisa em Câncer), publicada em 2015 na revista científica “The Lancet”, como prováveis agentes carcinogênicos.
– A cultura da soja transgênica é a maior responsável pelo uso excessivo de agrotóxicos no país.
Cenário internacional
– A União Europeia busca diminuir o uso de agrotóxicos na agricultura e quer barrar o consumo e a importação de produtos transgênicos.
– O carbofurano, classificado como altamente tóxico pela OMS, é proibido na Europa e na Califórnia.
– O tiram, fungicida autorizado no Brasil para uso em lavouras como arroz, feijão e milho, foi retirado do mercado americano por ser associado a mutações genéticas, problemas endócrinos e reprodutivos.
– Estados Unidos, China e Japão são os países que mais consomem agrotóxicos depois do Brasil.
– Em 2015, o Butão proibiu o uso de agrotóxicos na agricultura.
– Até 2020, a Dinamarca pretende transformar toda a produção agrícola do país em orgânica.
– O lactofen, usado no Brasil na cultura da soja, é proibido na União Europeia desde 2007 por ser considerado cancerígeno.
“O fato de a Europa autorizar um agrotóxico não significa que devemos permitir também, mas se outros países proibiram, deveríamos seguir o mesmo caminho.” Karen Friedrich, pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).
“Descobri que os produtores não comiam o que plantavam”
Marcos Palmeira conta ao UOL como abraçou a causa de uma agricultura 100% livre de venenos
O ambiente rural é bastante conhecido pelo ator Marcos Palmeira, 53, que passou a infância nas fazendas de sua família na Bahia. Em 1997, o ator comprou uma propriedade em Teresópolis (RJ), batizada de Vale das Palmeiras, e se transformou em um produtor de hortaliças e laticínios orgânicos – alimentos que não recebem nenhum tipo de agrotóxico na produção. Adepto e defensor da causa, ele contou ao UOL que sua alimentação é quase totalmente orgânica e que o consumidor precisa brigar por mais orgânicos nos mercados.
Quando e por que você decidiu investir nesse segmento?
Quando eu comprei a fazenda, ela já produzia alimentos, mas eu achava que tudo era natural, então descobri que os produtores não comiam o que plantavam. Percebi que havia uma incoerência. Foi aí que eu me toquei que o adubo para fortificar o solo e o remédio para os bichos eram veneno para a gente. E resolvi fazer diferente.
Em sua opinião, quais as vantagens de se consumir alimentos orgânicos?
Quando você consome um produto orgânico, toda uma cadeia produtiva está sendo beneficiada, desde a preservação das águas, do solo, a recuperação de florestas. Tudo isso está dentro do produto orgânico, que é mais ético. As pessoas pensam que o alimento convencional é mais barato, mas não embutem no preço os remédios que precisarão tomar, os malefícios que o produtor têm ao plantar, a contaminação do meio ambiente.
Você consome apenas orgânicos?
Eu consumo basicamente 90% de produtos orgânicos em casa, se não 100%. Sempre me alimentei de forma natural, mas descobri que nem tudo o que é natural é saudável. Foi aí que comecei a consumir só produtos orgânicos.
Você notou alguma mudança em sua saúde em virtude disso?
A diferença é clara em termos de energia. Eu pratico esporte, me alimento bem, tenho uma vida saudável. Mas, com certeza, a alimentação me ajuda bastante.
Você percebe um aumento na procura pelos alimentos orgânicos?
O crescimento é constante. Dizem que é de 30% ao ano. É um aumento absurdo do consumo, não só no Brasil, mas em todo o mundo. Porém, ainda é ínfimo se comparado ao potencial do agronegócio.
Uma das principais críticas feitas aos orgânicos é o preço, em geral mais caro. Por que isso acontece?
O produtor orgânico não tem marketing nenhum. Já o convencional tem os atravessadores, grandes empresas e marcas. É preciso saber de onde vem o nosso alimento. Existe muita oferta de produtos orgânicos, mas os produtores ainda perdem o que não conseguem vender. O consumidor tem que cobrar que mais mercados vendam orgânicos.
Quais alimentos você produz na fazenda?
Eu produzo hortaliças, tomate, folhosas, legumes e algumas frutas. Mas meu carro chefe é o laticínio. Crio gado orgânico tratado com homeopatia que produz leite puro, de altíssima qualidade, e queijos (frescal, padrão e ricota), além de iogurte. Agora, vou incluir burrata, manteiga, cottage e requeijão cremoso light. Em breve, teremos uma linha sem lactose.
Quais são as técnicas usadas em sua fazenda para substituir agrotóxicos?
Nós trabalhamos com rotação de culturas, adubação verde, que é plantar algumas leguminosas para recuperar o solo, e adubação com compostagem. Fazemos o controle de pragas sem usar veneno. Um solo fértil vai ser menos propenso a doenças. Temos um cuidado com o pasto dos animais e no curral tem muita teia de aranha para ajudar no controle das moscas.
Você acha possível que a produção agrícola no país seja totalmente orgânica algum dia?
Eu acredito na agricultura orgânica. O discurso do agronegócio “se não for transgênico, não produz para todo mundo” não condiz com a realidade. Quem bota comida na nossa mesa é a agricultura familiar. A grande dificuldade é que não termos marketing ou uma bancada ecológica tão forte. Acho que é isso que falta. E é uma questão cultural também. É lamentável o Brasil ter o uso em larga escala de agrotóxico, mas acho que é um reflexo da industrialização de tudo. Eu sou a favor da prevenção que a agroecologia preconiza. Tem muita gente boa tentando fazer coisas diferentes e é dessa turma que vou me aproximando.
Informações sobre alimentos mais contaminados são controversas
O consumidor fica sem saber ao certo em que dados confiar
Em 2012, pimentão era campeão em veneno
No Brasil, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) é responsável por avaliar a presença de agrotóxicos nos alimentos. Entre 2009 e 2012, as análises apontaram a contaminação de 60 a 70% dos alimentos e pelo menos 30% de amostras analisadas consideradas impróprias para consumo, ou seja com agrotóxicos acima do limite ou não permitidos.
Segundo os dados do Programa de Análise de Resíduos Tóxicos em Alimentos 2011/2012, os campeões de contaminação foram: pimentão, cenoura, morango, pepino e alface.
Em 2016, laranja era campeã em risco de contaminação
A análise mais recente da Anvisa, publicada em 2016, gerou polêmica entre críticos dos agrotóxicos. Dessa vez, a Agência mudou seus métodos de análise e conclusões, levando em consideração apenas o risco de contaminação aguda, ou seja, logo após o consumo. O resultado foi que apenas 1% dos alimentos avaliados apresentaram risco.
De acordo com a nova análise, os alimentos com maior potencial de risco agudo são: laranja, abacaxi, couve, uva e alface.
“É como se, de repente, os alimentos se tornassem seguros, contrariando a série histórica. O relatório não parece ter sido feito por um órgão de saúde pública, pois minimiza o risco. A verdade é que a população está exposta a um perigo muito maior de contaminação crônica e precisa estar ciente disso.” Fernando Carneiro, pesquisador da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) no Ceará e um dos organizadores do Dossiê Abrasco (Associação Brasileira de Saúde Coletiva), um dos principais documentos sobre agrotóxicos no Brasil, publicado em 2015.
Agrotóxicos também estão presentes no pacote
Muita gente se engana por acreditar que só há agrotóxicos nos vegetais in natura. Pesquisas apontam que os venenos também são encontrados no leite, na carne e nos industrializados.
Em seu estudo, a pesquisadora Jacqueline Gerage Marques notou a presença de resíduos em sucos, mingau de arroz, chocolate, goiabada, salsicha, macarrão, ovos, carnes e leite.
“As pessoas não estão expostas apenas comendo salada, que é a ideia que a população em geral tem.” Jacqueline Gerage Marques
Em 2015, o INCA (Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva), publicou um documento posicionando-se contra o uso de agrotóxicos. O texto afirma que os industrializados, como biscoitos, salgadinhos, pães, cereais matinais, lasanhas e pizzas também contêm traços de veneno.
O pasto destinado à criação de gado no Brasil também recebe agrotóxicos, o que explica a contaminação da carne e do leite.
Por que é tão fácil usar agrotóxico no Brasil?
As leis brasileiras são frouxas, e a fiscalização mais ainda
Há um descompasso entre aprovações e proibições de produtos feitos pela Anvisa. O processo para proibições é lento, enquanto os registros de novos agrotóxicos é ágil.
“Só no ano passado, mais de 200 novos produtos foram registrados no país, o que demonstra que o órgão está mais preocupado com as necessidade de mercado do que com a saúde pública.” Karen Friedrich
Entenda abaixo, os principais motivos para o uso indiscriminado no Brasil:
– A lei brasileira permite que agrotóxicos hoje proibidos continuem a ser vendidos enquanto houver estoque.
– Quando agrotóxicos são proibidos, fabricantes recorrem à Justiça e processos podem levar anos.
– O Brasil concede a isenção de impostos à indústria produtora de agrotóxicos. O incentivo vai na contramão das medidas protetoras recomendadas pelas entidades contrárias ao uso dos venenos.
– Seria necessário respeitar as normas existentes sobre concentração e limites, além de fazer o manejo correto o que, na prática, não acontece.
– Muitos trabalhadores não usam o EPI (equipamento de produção individual), que é obrigatório, e nem sabem a classe toxicológica do agrotóxico que estão usando, fazendo misturas perigosas.
– O uso de aviões para pulverizar plantações pode causar contaminações no solo e nas águas, além de expor comunidades inteiras aos venenos. Estudos apontam que a nuvem com as substâncias tóxicas pode viajar por até 30 km.
– Outro problema grave é a deriva, quando o produto se espalha para plantações vizinhas.
Os dois lados da discussão
Pró-agrotóxicos – Eles alegam que a produção e a exportação das commodities são fundamentais para a economia brasileira e que é impossível produzir em larga escala sem utilizar esses produtos. A pressão da bancada ruralista para afrouxar a lei é grande. Uma Medida Provisória que está sendo preparada pelo governo Michel Temer com a consultoria do sindicato da indústria dos agrotóxicos tenta mudar o texto da atual legislação (7.802 de 1989). A ideia é permitir que os defensivos mais perigosos, inclusive os cancerígenos, possam ser utilizados com a inclusão da expressão “nas condições recomendadas para uso”. “Sou favorável ao uso racional, dentro das normas de segurança. Em grandes culturas, como a soja, aparecem várias pragas, uma delas é a ferrugem asiática, e é preciso combater para não ter prejuízo”, diz o engenheiro agrônomo Carlos Gilberto Raetano.
Pró-agroecologia – Existe um mito de que a agroecologia não é eficiente, pois produz pouco, e que o agronegócio alimenta o Brasil. O Censo Agropecuário do IBGE mostra que 70% dos brasileiros são alimentados pela agricultura familiar, ou seja, pelos pequenos produtores. “O problema é que os investimentos do governo priorizam o agronegócio e os venenos são responsáveis por 30 a 40% do custo dessas grandes culturas”, explica o biólogo Fernando Carneiro. Em busca de novas políticas públicas e de controle que barrem o avanço do uso de venenos nas produções, diversas instituições se uniram criando ações e documentos. Um exemplo é a Campanha Permanente Contra o Uso de Agrotóxicos e pela Vida, que reúne mais de 200 entidades. Outro é o Pronara (Programa Nacional de Redução de Agrotóxicos), lançado em 2014. “Infelizmente, a proposta foi engavetada”, diz Carneiro.
Como consumir menos veneno no dia a dia
Assista: Saber a época do alimento conta na hora de ficar longe dos agrotóxicos.
Prejuízos à saúde vão de intoxicação leve a câncer
O consumo de alimentos cheios de agrotóxicos traz consequências para a saúde em diferentes graus. A OMS (Organização Mundial de Saúde) estima que ocorram 3 milhões de casos de envenenamento por agrotóxicos a cada ano e 220 mil mortes, a maioria em países em desenvolvimento.
A contaminação pode ser do tipo aguda, que tem manifestação imediata, após o contato com herbicidas e inseticidas usados nas lavouras. Os principais sintomas da intoxicação aguda são vômitos, dores abdominais, diarreia, convulsões, tontura, sangramento nasal, dor de cabeça, irritação nos olhos e desmaios. Os trabalhadores rurais e suas famílias são as principais vítimas dessa forma de contaminação. Em 2006, uma nuvem de agrotóxicos causada pela pulverização em plantações de soja provocou intoxicação aguda em crianças e idosos da cidade de Lucas do Rio Verde (MT).
Já a contaminação crônica preocupa por ser silenciosa, pois decorre do efeito cumulativo de resíduos de agrotóxicos ao longo dos anos no organismo, que acontece justamente pelo consumo de produtos contaminados com estas substâncias. Os efeitos da contaminação crônica são preocupantes pois podem aparecer depois de muito tempo, até mesmo anos.
Os principais problemas do evenenamento ao longo da vida são mutações genéticas, doença de Parkinson, malformações fetais, aborto, problemas reprodutivos, respiratórios e vários tipos de câncer. Os tipos de tumores mais relacionados ao contato com os agrotóxicos são leucemia, linfoma não Hodgkin, câncer de rim, pulmão e tumores cerebrais.
Agrotóxicos eram usados como armas químicas
Muitos agrotóxicos são, na verdade, antigas armas químicas usadas originalmente em guerras, e que depois foram transportadas para a agricultura. Um exemplo disso é o herbicida 2,4-D, um dos ingredientes ativos do “agente laranja”, composto usado pelos Estados Unidos na Guerra do Vietnã que causou mortes e sequelas graves à milhões de pessoas, como câncer, distúrbios endócrinos e neurológicos.
Hoje em dia este agrotóxico é usado no Brasil em plantações como arroz, milho, soja, cana-de-açúcar e café. Em 2016, após consulta pública, a Anvisa manteve parecer favorável à substância, apesar dos comprovados riscos à saúde.
É possível reduzir o consumo de agrotóxicos no dia a dia
Lave mais de uma vez – Lave sempre frutas e legumes, como abacaxi e cenoura, com água corrente. Utilize uma escovinha para higienizar a casca. Descasque e lave novamente, secando em seguida com papel toalha. (Imagem: Reprodução)
Descarte as primeiras folhas – Ao higienizar as folhas das verduras, como alface e repolho, descarte as primeiras (que ficam do lado de fora do maço), elas recebem a maior carga de veneno. (Imagem: Reprodução/Food Service)
Fique de olho no cabinho – Repare se o chamado pedúnculo da fruta, o cabinho, tem uma espécie de penumbra branca, como se fosse um pó mesmo -isso é outro indicativo do excesso do agrotóxicos. (Imagem: Reprodução/MBG)
Cuidados com vegetais muito perfeitos – Desconfie dos vegetais que estão muito perfeitos e grandes demais, as substâncias químicas tornam frutas e legumes mais resistentes e maiores. (Imagem: Reprodução/Cool Pictures Every Day)
Prefira os alimentos da época – Compre apenas alimentos da safra, os que estão fora de época tendem a receber mais agrotóxicos na lavoura para progredirem. (Imagem: Lucas Lima/ UOL)
Examine a casca – Fique atento também a manchas esbranquiçadas nas cascas, que podem indicar resquícios da aplicação de venenos. (Imagem: Reprodução/Cush Cosmetics)
Deixe de molho – Antes de consumir as verduras e legumes, deixe-os de molho por meia hora em uma solução de bicarbonato de sódio (1 colher de sopa rasa para 1 litro de água). Isso ajuda a eliminar resíduos. Depois, lave novamente. (Imagem: Getty Images)
Água sanitária ou vinagre – Outra possibilidade é deixar os vegetais de molho por 20 minutos em uma solução de água sanitária própria para higienização de alimentos (hipoclorito de sódio), lavando-os bem em seguida. A medida são 10 gotas do produto para 1 litro de água. (Imagem: Reprodução)
Esquentar ajuda – Vegetais fervidos, cozidos ou assados têm menor índice de contaminação, já que as altas temperaturas também auxiliam na eliminação dos venenos. (Imagem: Getty Images)
Feiras e cestas orgânicas são a saída para baratear os custos
Compare preços – Vale pesquisar. Alguns itens orgânicos, como verduras e legumes, podem ter uma variação pequena em relação ao alimento convencional. Outros, porém, chegam a custar o dobro. É o caso do abacaxi pérola que em supermercados da capital é encontrado por R$ 8,49 a unidade enquanto em sites de produtos orgânicos sai por R$ 18,75. (Imagem: Ronaldo Marques/BOL)
Compre em feiras orgânicas – Para pagar menos, a melhor opção é a feira. No site do IDEC (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), há os endereços de todas as feiras orgânicas do Brasil: feirasorganicas.idec.org.br (Imagem: Junior Lago/UOL)
Descubra os produtores – Outra opção para baratear o preço é comprar diretamente dos produtores. Junte a família ou os amigos e faça compras maiores, assim o preço tende a cair. (Imagem: Getty Images)
Monte cestas orgânicas – Outra opção é o serviço de entrega de cestas orgânicas, cada vez mais comum nas grandes cidades. As compras são feitas pela internet com direito à entrega em casa uma vez por semana. (Imagem: Lucas Lima/ UOL)
Edição: Camila Rutka. Apresentação do vídeo: Gustavo Franceschini. Edição de vídeos: Juliana Fumero. Fotos: Lucas Rocha Lima. Fontes consultadas: biomédico Henrique Silveira, do Hospital de Câncer de Barretos, nutricionista Vivian Ragasso do Instituto Cohen de Ortopedia, Reabilitação e Medicina do Esporte e o agricultor Fernando Ataliba, militante movimento orgânico e presidente eleito da AAO (Associação de Agricultura Orgânica).
Fonte – Melissa Diniz, UOL
Este Post tem 0 Comentários