Por Ana Flávia Pilar - O Globo - 11 de novembro de 2024 - Com modelo…
Zerar as emissões de gases é o que devemos almejar, afirma Bill Gates
Por Redação de Além da Energia – 30 de março de 2021
É o que afirma Bill Gates no primeiro capítulo do livro “Como evitar um desastre climático”, lançado recentemente no Brasil.
“Há dois números que você precisa ter em mente sobre mudanças climáticas.
Um é 51 bilhões.
O outro, zero”, afirma. “Cinquenta e um bilhões são as toneladas de gases de efeito estufa que o mundo lança à atmosfera anualmente.
É onde estamos hoje. Zero é o que devemos almejar”, explica.
Para Bill Gates, parece difícil, e será. “O mundo nunca fez nada tão ambicioso assim.
Todos os países terão de mudar seus hábitos.
Praticamente toda atividade na vida moderna — cultivar coisas, fabricar coisas, deslocar-se de um lugar para outro — envolve a liberação de gases de efeito estufa”, lembra, acrescentando que se nada mudar, as mudanças climáticas continuarão a se agravar e o impacto sobre os seres humanos será catastrófico.
Não é possível subestimar a dimensão do desafio
Em entrevista para a BBC, Gates afirmou que não é possível subestimar a dimensão do desafio. “Nunca fizemos uma transição como a que precisamos fazer nos próximos 30 anos.
Não há precedente para isso”, diz ele.
A resposta, segundo Gates, está em um esforço de inovação em uma escala que o mundo nunca viu antes. “E isso tem que começar com os governos”, argumenta.
“Isso vai exigir um grande investimento por parte dos governos em pesquisa e desenvolvimento, antecipa Gates, assim como apoio para permitir o crescimento do mercado de novos produtos e tecnologias, ajudando a baixar os preços”, explica.
O foco de Gates está em como a tecnologia pode ser usada para alcançar o zero carbono.
“Fontes renováveis de energia, como solar e eólica, podem nos ajudar a descarbonizar a eletricidade, mas, isso representa menos de 30% das emissões totais”, afirma. “Também vamos ter que descarbonizar os outros 70% da economia mundial: aço, cimento, sistemas de transporte, produção de fertilizantes e muito, muito mais”.
A má notícia, afirma: chegar a zero será realmente difícil. “A boa notícia: é possível conseguir”.
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